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Empresa chinesa investe 212,2 ME e transforma agricultura angolana

Plantação de milho
Empresa chinesa investe 212,2 ME e transforma agricultura angolana © aleksandarlittlewolf via Freepik

A multinacional chinesa CITIC Construction (Angola) anunciou esta segunda-feira um investimento inicial de 250 milhões de dólares (equivalente a 212,2 milhões de euros) para impulsionar a produção agrícola em larga escala em Angola, com destaque para o cultivo de milho e soja.


O investimento faz parte de um memorando de entendimento assinado em Luanda entre o director-geral da empresa, Fan Juntao, e o ministro da Agricultura e Florestas angolano, Isaac dos Anjos.


De acordo com uma nota oficial do ministério, o acordo prevê, além do reforço da produção agrícola, a instalação de laboratórios modernos para o melhoramento genético e certificação de sementes, bem como a criação de um sistema de armazenamento inteligente em regiões agrícolas estratégicas. Também estão previstas acções para apoiar a cadeia de produção de pesticidas e fertilizantes, com o objectivo de dinamizar a capacidade produtiva e exportadora do país.


Projecto abrange milhares de hectares e introduz alta tecnologia

Fan Juntao revelou que, nesta fase inicial, a empresa já dispõe de 3.000 hectares no Cuanza Sul e 5.000 hectares em Malanje, sendo que a meta é atingir os 20 mil hectares entre este e o próximo ano. A longo prazo, o projecto ambiciona chegar aos 100 mil hectares de cultivo. O responsável sublinhou que todo o financiamento será assegurado por investidores chineses, com a CITIC a liderar o consórcio.


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A produção de milho terá prioridade, por ser considerada essencial para o consumo interno. A produção de soja será intensificada na segunda fase do projecto, com a perspectiva de exportação para a China após o abastecimento do mercado local. A empresa estima alcançar produtividades de até oito toneladas por hectare de milho e cinco toneladas por hectare de soja, apostando fortemente na introdução de tecnologias agrícolas avançadas.


Acordo é considerado estratégico para o futuro agrícola de Angola

Para o ministro Isaac dos Anjos, o memorando assinado representa um passo "histórico" rumo à dinamização da agricultura angolana, não apenas pela escala do investimento, mas também pela abertura de novos mercados internacionais, sobretudo na Ásia. O governante destacou a existência de um comprador já assegurado para a soja produzida, o que reforça a viabilidade económica do projecto.


Foi igualmente definida uma partilha-base da produção: 60% será destinada à exportação e 40% ao consumo interno. Segundo o ministro, este equilíbrio permitirá não só fomentar as exportações, mas também responder às necessidades do mercado nacional, nomeadamente no apoio à produção pecuária.


Isaac dos Anjos anunciou ainda a iminente assinatura de um novo acordo com outra empresa chinesa, evidenciando a crescente atracção de investidores estrangeiros para o sector agrícola angolano. O Governo compromete-se, por sua parte, a facilitar o acesso à terra e assegurar o cumprimento das normas fitossanitárias, criando um ambiente propício ao desenvolvimento de projectos agrícolas sustentáveis e de grande escala.


M.S.


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