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França enfrenta maior incêndio florestal dos últimos 75 anos

Helicóptero lança água em incêndio
França enfrenta maior incêndio florestal dos últimos 75 anos © Reuters

A França continua a combater o maior incêndio florestal dos últimos 75 anos, que já consumiu uma área superior à da cidade de Paris. Apesar de o fogo ter sido controlado, as autoridades alertam que as chamas irão persistir durante vários dias.


Mais de 2 000 bombeiros e 500 veículos de combate a incêndios permanecem destacados na região do Aude, no sul do país, apoiados por elementos da gendarmaria e do exército. Desde o início do fogo, na terça-feira, junto à aldeia de Ribaute, uma mulher faleceu e 13 pessoas ficaram feridas, entre as quais 11 bombeiros, com dois em estado crítico.


Operações continuam e acesso às áreas afetadas está interdito

Segundo Lucie Roesch, secretária-geral da prefeitura do Aude, o incêndio está “contido”, mas não será dado como extinto durante vários dias, conforme afirmou Christian Pouget, presidente da mesma instituição. “Ainda há muito trabalho a realizar”, acrescentou.


A luta contra as chamas tem sido apoiada por aviões bombardeiros de água e, até agora, mais de 17 000 hectares foram consumidos pelas chamas. O acesso às florestas devastadas está proibido até, pelo menos, domingo, devido aos perigos causados por linhas eléctricas caídas e outros riscos na região.


Os residentes foram aconselhados a não regressar às suas casas enquanto as operações de segurança decorrem, com 17 locais de acolhimento temporário já estabelecidos. As aldeias da região de Corbières mantêm-se em alerta máximo.


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Incêndio de dimensão histórica associado às alterações climáticas

Este é o maior incêndio registado em França desde 1949, tendo sido descrito pelo primeiro-ministro francês, François Bayrou, como uma “catástrofe numa escala sem precedentes”. Durante a sua visita ao Aude, Bayrou relacionou o incêndio com o aquecimento global e a seca prolongada.


Também a ministra do Ambiente, Agnès Pannier-Runacher, associou a catástrofe às alterações climáticas. O rápido avanço do fogo foi facilitado pelos ventos fortes, vegetação seca e temperaturas elevadas que se registam durante o verão.


Jacques Piraud, presidente da junta da aldeia de Jonquières, onde várias habitações foram destruídas, afirmou que cerca de 80% da localidade foi consumida pelas chamas. “É dramático. Está tudo negro, as árvores estão completamente carbonizadas”, declarou.


O presidente francês, Emmanuel Macron, assegurou que “todos os recursos da nação estão mobilizados” e apelou à população para que mantenha “a máxima precaução”.


M.S.


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