GPT-5 da OpenAI promete inteligência de nível doutoramento
- Monica Stahelin
- há 4 dias
- 2 min de leitura

A OpenAI anunciou oficialmente o GPT-5, a mais recente versão do seu modelo de inteligência artificial, prometendo um desempenho muito superior ao das versões anteriores. Segundo a empresa, o novo sistema demonstra capacidades equivalentes às de um especialista com doutoramento em várias áreas, como programação e redação.
O anúncio foi feito por Sam Altman, CEO e cofundador da OpenAI, que considerou o lançamento um momento decisivo. “Acredito que algo como o GPT-5 teria sido impensável em qualquer outro período da história”, afirmou, sublinhando que o novo modelo é mais veloz, mais inteligente e mais eficiente do que os anteriores.
Um modelo mais preciso e colaborativo
Segundo a OpenAI, o GPT-5 foi desenvolvido para reduzir significativamente as chamadas “alucinações”, respostas incorretas ou inventadas, e tornar-se menos propenso a enganar os utilizadores. A nova versão está também orientada para uma maior transparência no raciocínio, demonstrando lógica e inferência nas respostas.
Além de melhorias na área da codificação, o modelo foi concebido para ser mais honesto e fornecer respostas mais precisas e humanas. Altman comparou a evolução do GPT com o sistema educativo: “O GPT-3 parecia-se com um estudante do secundário, o 4 com um universitário. O GPT-5 é o primeiro que se assemelha verdadeiramente a um especialista em qualquer tema.”
Apesar do entusiasmo generalizado, algumas opiniões defendem uma abordagem mais cautelosa. A professora Carissa Véliz, do Institute for Ethics in AI, destacou que, embora os progressos sejam notáveis, esses sistemas ainda apenas simulam o pensamento humano, sem realmente o replicarem de forma genuína. Ela também apontou que, até agora, os modelos de inteligência artificial têm enfrentado desafios para se tornarem financeiramente viáveis.
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Desafios éticos e concorrência no setor
Com o lançamento do GPT-5, a questão da regulação volta a estar em destaque. Gaia Marcus, diretora do Instituto Ada Lovelace, argumenta que o desenvolvimento acelerado das capacidades da inteligência artificial está a superar a habilidade das sociedades de a regularem de maneira eficaz. “À medida que estes modelos se tornam mais potentes, cresce a urgência de uma regulação abrangente”, afirmou.
O lançamento do GPT-5 acontece em meio a uma intensa disputa no setor. Elon Musk, por exemplo, revelou recentemente a nova versão de seu chatbot, Grok, que ele afirma superar o nível de doutorado em todas as áreas. Enquanto isso, a empresa Anthropic decidiu cortar o acesso da OpenAI à sua API, alegando que a companhia teria desrespeitado os termos de uso ao utilizar ferramentas de codificação antes da chegada do GPT-5, uma atitude classificada como “decepcionante” por um representante da OpenAI.
A empresa norte-americana também anunciou alterações ao funcionamento do ChatGPT, com o objetivo de promover interações mais saudáveis, particularmente com utilizadores emocionalmente vulneráveis. Questões sensíveis, como relacionamentos pessoais, não receberão respostas diretas, mas antes apoio na reflexão e na tomada de decisões.
O GPT-5 começa agora a ser disponibilizado a todos os utilizadores, incluindo numa versão gratuita, o que poderá indicar uma mudança estratégica face ao modelo tradicional baseado apenas em subscrições.
M.S.
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