Greta Thunberg e activista brasileiro são detidos por Israel
- Beatriz S. Nascimento
- há 2 dias
- 2 min de leitura

Embarcação da Flotilha da Liberdade foi interceptada por forças israelitas em águas internacionais. Entre os detidos está o activista brasileiro Thiago Ávila.
Vídeo gravado antecipa detenção
Na noite de domingo (8), o perfil da activista sueca Greta Thunberg no Instagram publicou um vídeo pré-gravado alertando sobre a sua possível detenção pelas forças de Israel. A jovem é uma das tripulantes da Flotilha da Liberdade, missão internacional com destino à Faixa de Gaza que levava ajuda humanitária e foi interceptada em águas internacionais.
“Se está a ver este vídeo, significa que fomos interceptados e sequestrados em águas internacionais pelas Forças de Ocupação de Israel, ou por forças que actuam em seu apoio. Apelo urgentemente ao governo sueco para que actue pela nossa libertação. Somos activistas pacíficos a transportar ajuda humanitária para Gaza”, afirmou Thunberg na gravação.
O activista brasileiro Thiago Ávila, também presente na missão, publicou mensagem semelhante no seu perfil, denunciando a acção das autoridades israelitas.
“Sou cidadão brasileiro, e, se está a ver este vídeo, significa que fui detido ou sequestrado por Israel no Mediterrâneo. Peço que pressionem o governo brasileiro a agir pela nossa libertação e pelo fim do cerco a Gaza”, declarou.
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Interceptação violenta e denúncias de repressão
De acordo com relatos divulgados após a acção, a embarcação foi cercada por drones equipados com sistema de disparo automático que lançaram uma substância branca semelhante a tinta sobre o convés. As comunicações foram forçadamente interrompidas, e ruídos de alta frequência foram transmitidos via rádio com o intuito de desorientar a tripulação.
“Eles estão a interferir nas comunicações; não conseguimos pedir ajuda”, denunciou Ávila momentos antes do contacto com o exterior ser completamente cortado.
A operação militar já havia sido anunciada na véspera pela Agência de Radiodifusão de Israel (RAA), que informou que o barco seria interceptado, rebocado para o porto de Ashdod e que os activistas seriam detidos. A acção confirma a linha repressiva do Estado de Israel contra missões civis de solidariedade internacional ao povo palestiniano.
A bordo do navio Madleen seguiam activistas de diversos países, incluindo Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila e a deputada franco-palestiniana Rima Hassan. A embarcação transportava alimentos, filtros de água, medicamentos e outros artigos de primeira necessidade, numa tentativa de aliviar a crise humanitária em Gaza, que já contabiliza mais de 54 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.
A Flotilha da Liberdade é uma iniciativa de carácter pacífico, promovida por organizações civis e movimentos sociais que contestam o bloqueio imposto por Israel a Gaza – bloqueio este considerado ilegal por diversos tratados internacionais e condenado pela ONU.
B.N.
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