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Greve no Metro de Londres ameaça paralisar cidade durante quatro dias


Prefeito de Londres, Sir Sadiq Khan
Greve no Metro de Londres ameaça paralisar cidade durante quatro dias © Stefan Rousseau/PA Wire

Transporte público sob forte pressão entre 8 e 11 de setembro, com apelos ao presidente da câmara para intervir.


O Metro de Londres poderá enfrentar uma paralisação quase total durante quatro dias da próxima semana, entre segunda-feira, 8, e quinta-feira, 11 de setembro, caso avance a greve convocada pelo sindicato RMT. A Transport for London (TfL) já alertou para “graves perturbações” e a possibilidade de “nenhum serviço disponível” durante o período.


A ação sindical, organizada em formato de greve rotativa, prevê a saída faseada de diferentes grupos de trabalhadores, como maquinistas, controladores de sinalização, responsáveis pela energia e pessoal de emergência. Esta paralisação surge num contexto de negociações tensas entre a TfL e o RMT, centradas na exigência de uma semana de trabalho reduzida e num aumento salarial de 3,4%.


Concertos adiados e serviços alternativos sobrecarregados

A escala da possível paralisação já tem impactos diretos: dois dos dez concertos da banda Coldplay, inicialmente marcados para os dias 7 e 8 de setembro no Estádio de Wembley, foram remarcados para 6 e 12 de setembro, por motivos de segurança e logística. A decisão foi tomada em conjunto com a TfL, os promotores dos eventos, a câmara de Brent e a administração do estádio, considerando impossível garantir o transporte seguro dos cerca de 82 mil espectadores previstos por noite.


Apesar da greve afetar maioritariamente a rede de metropolitano, a TfL confirmou que a linha Elizabeth e o Overground continuarão a operar, embora se prevejam sobrecargas devido ao aumento da procura. Em contrapartida, o DLR (Docklands Light Railway) também deverá ser impactado, com interrupções totais nos dias 9 e 11 de setembro, devido a uma disputa laboral paralela entre o RMT e a operadora Keolis Amey Docklands.


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Pressão política e impacto económico

O presidente da câmara de Londres, Sadiq Khan, encontra-se sob crescente pressão para intervir e evitar a greve. Em declarações recentes, porta-vozes do Partido Conservador e dos Liberal-Democratas criticaram a gestão do autarca, acusando-o de não cumprir a promessa de eliminar greves no seu mandato e de estar ausente em momentos cruciais para a cidade.


O setor empresarial também expressou preocupação. A BusinessLDN alertou que a paralisação poderá prejudicar ainda mais a recuperação económica, afetando especialmente os sectores da restauração e do comércio, num momento em que as escolas reabrem e os londrinos regressam ao trabalho após as férias de verão.


Apesar das tentativas de mediação, o ambiente permanece tenso. O sindicato RMT afirma manter-se disponível para negociações, mas exige “concessões substanciais” antes de considerar a suspensão da ação. A complexidade das reivindicações, que incluem uma redução da carga horária para além do aumento salarial, levanta dúvidas sobre a possibilidade de alcançar um acordo a tempo.


M.S.


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