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Nestlé despede presidente executivo após relação amorosa com subordinada


Laurent Freixe
Nestlé despede presidente executivo após relação amorosa com subordinada © Getty Images

A Nestlé anunciou o despedimento imediato do seu presidente executivo, Laurent Freixe, apenas um ano após ter assumido o cargo, na sequência da descoberta de uma relação romântica não revelada com uma colaboradora directa.


Segundo o comunicado da empresa suíça, conhecida pelos seus produtos como o chocolate Kit Kat e o café Nespresso, a decisão foi tomada após uma investigação conduzida pelo presidente do conselho de administração, Paul Bulcke, e pelo director independente Pablo Isla, com o apoio de assessoria jurídica externa.


O inquérito teve origem numa denúncia apresentada através do canal interno de alerta da empresa. A relação entre Freixe e a subordinada, que não integra o conselho executivo, foi considerada um conflito de interesses, violando os princípios de governação corporativa da Nestlé.


Mudança na liderança sem alterar a estratégia

Freixe trabalhou na Nestlé durante quase quatro décadas e assumiu a liderança global da empresa em setembro do ano passado, sucedendo a Mark Schneider. Para o seu lugar foi nomeado Philipp Navratil, que integra a Nestlé desde 2001.


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Apesar da saída abrupta do presidente executivo, Paul Bulcke assegurou que a empresa manterá a sua direcção estratégica e o foco no desempenho: “Esta foi uma decisão necessária. Os valores e a governação da Nestlé são fundamentos sólidos da nossa empresa. Agradeço a Laurent os seus anos de serviço.”


A Nestlé confirmou ainda que Freixe não irá receber qualquer compensação de saída.


Casos semelhantes noutras multinacionais

O caso de Freixe junta-se a outros episódios semelhantes noutras grandes corporações. Em 2023, Bernard Looney demitiu-se do cargo de presidente executivo da BP, após admitir falta de transparência relativamente a relações com colegas.


Já Steve Easterbrook, ex-líder da McDonald’s, foi despedido em 2019 depois de uma investigação interna revelar múltiplas relações consensuais com funcionárias. Inicialmente indemnizado com mais de 100 milhões de dólares, acabaria por devolver o montante e foi posteriormente multado pelas autoridades financeiras norte-americanas.


M.S.


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