Putin anuncia “entendimentos” com Trump para o fim da guerra na Ucrânia
- Monica Stahelin
- há 9 horas
- 2 min de leitura

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou ter alcançado “entendimentos” com o Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre o fim da guerra na Ucrânia, durante a reunião que tiveram no Alasca, no mês passado.
Contudo, Putin não confirmou se aceitará participar em negociações de paz com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mediadas por Trump, que aparentemente terá estabelecido segunda-feira como prazo para uma resposta russa.
Durante uma cimeira em Tianjin, China, Putin defendeu novamente a sua decisão de invadir a Ucrânia, culpando o Ocidente pelo conflito. Após o encontro no Alasca, o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, afirmou que Putin terá aceitado garantias de segurança para a Ucrânia como parte de um possível acordo de paz futuro, embora Moscovo ainda não tenha confirmado esta informação.
Cimeira na China e apoio internacional
Na cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, onde se encontrou com os líderes chinês Xi Jinping e indiano Narendra Modi, Putin agradeceu o apoio dos dois países e o esforço para “facilitar a resolução da crise ucraniana”. China e Índia são os maiores compradores de petróleo russo, uma situação criticada pelo Ocidente, que acusa estes países de sustentarem a economia russa, duramente afectada pela guerra.
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Putin reiterou que os “entendimentos alcançados” com Trump representam um passo na direcção da paz na Ucrânia, mas voltou a defender que a crise não foi desencadeada pela invasão russa, mas sim por um golpe de Estado na Ucrânia apoiado e provocado pelo Ocidente. Também acusou o Ocidente de tentar constantemente integrar a Ucrânia na NATO, uma hipótese sempre rejeitada pela Rússia.
Nos últimos dias, as hostilidades intensificaram-se, com um dos maiores ataques aéreos russos a Kiev, que causou 23 mortos. Enquanto isso, o Presidente francês, Emmanuel Macron, alertou que, caso Putin não aceite negociar a paz até segunda-feira, ficará claro que “Putin jogou com Trump”. Trump, por sua vez, deu a Putin “mais algumas semanas” para responder antes dos EUA tomarem uma posição mais firme.
Zelensky rejeitou a ideia de uma zona tampão com a Rússia e acusou Moscovo de não estar verdadeiramente interessada em diplomacia, procurando apenas adiar o fim do conflito.
M.S.
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