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João Lourenço inaugura Refinaria e marca nova era para a indústria petrolífera


A imagem mostra uma refinaria de petróleo, que é uma instalação industrial responsável por processar o petróleo bruto e transformá-lo em diversos produtos úteis.
João Lourenço inaugura Refinaria e marca nova era para a indústria petrolífera © Freepik

A infraestrutura vai reduzir a dependência externa, criar milhares de empregos e reforçar a segurança energética do país.


O Presidente da República de Angola, João Lourenço, inaugurou esta segunda-feira a primeira fase da Refinaria de Petróleo de Cabinda, um marco histórico para a indústria petrolífera angolana e para a autonomia energética nacional. A cerimónia insere-se na visita de trabalho que o Chefe de Estado realiza à província de Cabinda, que inclui ainda deslocações ao Terminal de Águas Profundas do Caio e à nova sede do Governo Provincial.


Segundo informações divulgadas pelo secretário para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa da Presidência, Luís Fernando, Cabinda torna-se, assim, a primeira região fora de Luanda a dispor de uma infra-estrutura deste porte, apta a refinar petróleo bruto e a impulsionar o desenvolvimento industrial local.


Capacidade de produção e impacto económico

A nova unidade industrial, construída em parceria entre a Sonangol e a empresa privada Gemcorp, entra em operação com uma capacidade inicial de processamento de 30 mil barris de petróleo por dia, podendo atingir os 60 mil barris na sua fase final. A produção comercial, prevista para começar dentro de aproximadamente três meses, incluirá gasóleo, combustível de aviação (Jet A1), fuelóleo pesado e nafta.


O investimento total da primeira fase ascende a 473 milhões de dólares, dos quais 335 milhões foram assegurados por financiamento internacional, através de um consórcio de bancos que inclui o AFC, Afreximbank, BADEA, IDC e BFA. A refinaria é apontada pela Sonangol como um dos pilares estratégicos da indústria petrolífera nacional, capaz de reduzir substancialmente a dependência de importações, gerar excedentes para exportação e diminuir a pressão sobre a factura cambial do Estado.


Emprego, formação e sustentabilidade ambiental

O impacto da refinaria estende-se à esfera social e formativa. Até ao momento, foram criados mais de 3.300 postos de trabalho, maioritariamente preenchidos por jovens angolanos. Está igualmente em curso o Projecto KUMA, que visa formar até seis mil técnicos nacionais em diversas áreas, reforçando a capacitação profissional e o desenvolvimento do capital humano.


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Do ponto de vista ambiental, o secretário provincial do Ambiente, Lourenço Domingos Bilolo, garantiu que todas as normas internacionais foram respeitadas, com estudos de impacto ambiental validados pelo Ministério do Ambiente, consultas públicas às comunidades e implementação de sistemas modernos de gestão de resíduos e águas.


A preocupação com a sustentabilidade traduziu-se também em acções de reflorestação e em mecanismos rigorosos para evitar qualquer impacto negativo nas zonas adjacentes à refinaria. “Existe já um mapa próprio para a recolha e tratamento de resíduos. O lixo é seleccionado, recolhido e depositado em locais adequados, sem riscos para a população”, sublinhou o responsável.


Uma refinaria erguida após a independência

Para o secretário provincial da Juventude e Desportos, Leão Miranda, este projecto representa um símbolo de esperança para Cabinda e para os jovens da região. “É a primeira refinaria construída em Angola depois da independência. Representa orgulho, oportunidade e futuro para milhares de jovens que encontram aqui não só emprego, mas também valorização profissional”, afirmou.


A segunda fase do projecto já se encontra em desenvolvimento, com investimentos iniciais de mais de seis milhões de dólares destinados a engenharia e licenciamento tecnológico. A conclusão desta fase permitirá, entre outros objectivos, o início da produção de gasolina.


A Refinaria de Cabinda é considerada uma das obras mais estratégicas do actual Executivo, simbolizando não apenas um avanço industrial, mas também uma visão de desenvolvimento sustentado, inclusivo e centrado no potencial nacional.


M.S.


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