HCB marca nova era com liderança exclusivamente moçambicana
- Monica Stahelin
- 24 de jun.
- 2 min de leitura
Chefe de Estado realça momento histórico durante as comemorações dos 50 anos da empresa.
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), um dos maiores projetos hidroeléctricos da região da África Austral, encontra-se agora sob administração exclusivamente moçambicana, pondo fim a mais de 40 anos de gestão por parte de entidades estrangeiras.
O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo Presidente da República, Daniel Chapo, durante a cerimónia comemorativa do 50.º aniversário da empresa, realizada no município de Chitima, província de Tete.
Durante a sua intervenção, Chapo sublinhou que a presença de nacionais nos cargos de direcção e gestão da HCB representa uma viragem histórica e um sinal de maturidade técnica e administrativa. “Há algumas décadas, era impensável vermos moçambicanos a liderar uma infra-estrutura de dimensão internacional como esta. Hoje, é uma realidade construída com competência, responsabilidade, dedicação e elevado sentido de patriotismo”, afirmou.
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HCB como símbolo de soberania e desenvolvimento
Contando com aproximadamente 1.400 trabalhadores, entre permanentes e temporários – todos de nacionalidade moçambicana –, a HCB é apontada pelo Presidente da República como um modelo de independência energética e de gestão exemplar. “Esta conquista representa não apenas independência técnica, mas também a emancipação plena e a confiança no potencial humano moçambicano”, acrescentou.
Chapo realçou também a importância estratégica da hidroeléctrica no panorama energético, tanto a nível nacional como regional, salientando o seu contributo fundamental para o desenvolvimento sustentável de Moçambique e para afirmar o país como centro energético de referência na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Compromisso com as comunidades e o futuro
Durante o evento, o Presidente anunciou que a HCB será responsável, ainda no segundo semestre deste ano, pela construção de uma unidade sanitária na vila de Chitima, reforçando o seu compromisso com a responsabilidade social e o desenvolvimento local.
“Continuem empenhados, minhas irmãs e meus irmãos da HCB, em produzir mais e melhor, para que a empresa se mantenha como um orgulho de Moçambique”, exortou Chapo, apelando à continuidade do esforço colectivo na manutenção da estabilidade e excelência da empresa.
Com uma capacidade instalada de 2.075 megawatts (MW), e potencial para crescer cerca de 5%, a HCB mantém-se como um dos pilares da produção e comercialização de energia hidroeléctrica da região, tendo iniciado a sua construção em 1969, embora a sua génese remonte às primeiras prospecções nos rápidos de Cahora Bassa em 1956. A empresa foi formalmente constituída em 1975, marcando um capítulo determinante na história energética do país.
M.S.
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