Hugo Motta explica recusa da anistia para golpistas de 8 de Janeiro
- Monica Stahelin
- há 4 dias
- 2 min de leitura

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, declarou nesta quinta-feira, 7, que o projeto de lei que prevê anistia para os participantes dos ataques ocorridos em 8 de Janeiro não foi incluído na pauta porque não teve apoio suficiente nas reuniões do colégio de líderes. No entanto, ele não descartou a possibilidade de levar a proposta para votação em momento futuro.
Entre terça e quarta-feira, deputados alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro bloquearam fisicamente os plenários da Câmara e do Senado para tentar forçar a votação do projeto de anistia, da proposta de emenda constitucional (PEC) que quer eliminar o foro privilegiado para parlamentares, e também a abertura de um processo de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
De acordo com Hugo Motta, “o projeto não entrou na pauta porque, ao ser levado ao colégio de líderes, a maioria, incluindo deputados de partidos que somam mais de 400 parlamentares, decidiu não colocá-lo para votação.” Ele acrescentou que essa foi uma decisão coletiva e, por isso, o tema não avançou.
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Hugo Motta rejeita negociações e ressalta respeito à maioria
O presidente da Câmara também afirmou que a discussão sobre a anistia será retomada em futuras reuniões do colégio de líderes e que não deve haver “preconceito” em relação aos temas apresentados. “O que deve prevalecer é a vontade da maioria, em qualquer assunto”, disse ele.
Mais cedo, Motta negou que tenha oferecido contrapartidas à oposição para que as atividades no plenário fossem retomadas após a obstrução feita pelos bolsonaristas. Membros da oposição haviam afirmado que o presidente da Câmara se comprometeu a colocar suas demandas na pauta.
“A presidência da Câmara é inegociável, quero deixar isso claro”, enfatizou Hugo Motta. “A retomada dos trabalhos não depende de nenhuma pauta específica. O presidente da Câmara não negocia suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com ninguém.”
M.S.
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