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Inflação alimentar sobe para 4,4% com alta nos preços

Frutas e verduras no mercado
Inflação alimentar sobe para 4,4% com alta nos preços © PA Archive

A taxa de inflação no Reino Unido registou uma ligeira descida em maio, fixando-se nos 3,4%, apesar do aumento mais acentuado dos preços dos alimentos em mais de um ano. Os dados oficiais revelam que os preços dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas subiram 4,4% nos 12 meses até maio, face aos 3,4% registados no período homólogo até abril. Trata-se do valor mais elevado desde fevereiro de 2024.


Esta subida nos preços foi impulsionada, sobretudo, pelos custos mais altos da energia e das matérias-primas, afectando fortemente o sector da transformação alimentar. De acordo com a Food and Drink Federation, o preço do cacau triplicou nos últimos dois anos, enquanto o preço do leite e da manteiga continua a aumentar significativamente. Entre as categorias com maiores subidas destacam-se a manteiga (18,2%), o chocolate (17,7%) e a carne de vaca e vitela (17,0%).


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Impacto do sector energético e pressões geopolíticas agravam o cenário

A ligeira descida da inflação global deveu-se, em parte, à redução dos custos nos transportes, nomeadamente das tarifas aéreas após o pico da Páscoa tardia. Ainda assim, o índice continua acima da meta dos 2% definida pelo Governo. A ministra das Finanças, Rachel Reeves, afirmou que a prioridade do Executivo é “colocar mais dinheiro no bolso dos trabalhadores” e recuperar da inflação de dois dígitos registada anteriormente.


Especialistas económicos alertam, no entanto, que o caminho até à estabilização total será difícil. Richard Carter, da empresa de investimentos Quilter Cheviot, sublinhou que as pressões sobre os preços dos serviços permanecem elevadas, apesar de uma ligeira redução. Suren Thiru, economista do ICAEW, acrescentou que o cenário para os próximos meses é incerto, com os efeitos do “terrível abril” ainda a fazerem sentir-se e os conflitos no Médio Oriente a poderem agravar a volatilidade dos preços.


A inflação de maio foi divulgada dias antes da decisão do Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra, que deverá manter a taxa de juro nos 4,25%. Os analistas acreditam que uma eventual redução só deverá ocorrer em agosto, após nova avaliação do impacto das tensões económicas globais.


M.S.


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