Irão lança explosões em Israel após ataque a instalações nucleares
- Monica Stahelin
- há 1 dia
- 3 min de leitura
O Irão lançou, na noite de sexta-feira, centenas de mísseis balísticos contra território israelita, numa retaliação directa ao ataque israelita ocorrido horas antes, que visou instalações nucleares e alvos militares iranianos. A ofensiva representa uma escalada sem precedentes entre os dois países, com consequências ainda imprevisíveis para a estabilidade regional.
Explosões foram ouvidas em Telavive e Jerusalém, enquanto as sirenes de alarme soavam por todo o país. De acordo com a Guarda Revolucionária do Irão, o ataque teve como alvo "dezenas de centros militares e bases aéreas israelitas", numa operação descrita como "precisa e devastadora", conduzida sob ordens directas do líder supremo, Ali Khamenei.
Khamenei: "Israel iniciou uma guerra"
Ali Khamenei afirmou que os ataques israelitas constituíram uma declaração de guerra e prometeu que o Irão não deixará esses actos impunes. “O regime sionista não sairá ileso das consequências do seu crime. A resposta iraniana não será a meias-medidas”, declarou, numa mensagem difundida pela imprensa estatal.
O bombardeamento iraniano ocorreu em três vagas sucessivas, segundo a agência IRNA. Apesar de o exército israelita ter confirmado o lançamento de menos de 100 mísseis — muitos dos quais foram interceptados ou caíram antes de atingir o alvo —, várias zonas residenciais foram atingidas. Em Telavive, um edifício moderno ficou severamente danificado, registando-se incêndios e fumo intenso.
As autoridades israelitas confirmaram pelo menos 21 feridos, dois dos quais em estado grave e presos nos escombros. A população foi inicialmente instruída a permanecer em espaços protegidos, mas mais tarde recebeu autorização para abandonar essas áreas.
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Líder iraniano promete vingança total
O ataque israelita, realizado na madrugada de sexta-feira, visou mais de 200 alvos em solo iraniano, incluindo instalações nucleares e figuras de topo das forças armadas. Entre os mortos estão o chefe do Estado-Maior, general Mohammed Bagheri, e o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami. O general Mohammed Pakpour foi nomeado como substituto imediato e, em carta dirigida a Khamenei, garantiu que “as portas do inferno se abrirão para o regime que mata crianças”, referindo-se a Israel.
As instalações nucleares de Isfahan, Natanz e Fordo foram alvo de bombardeamentos. Segundo a agência nuclear iraniana, os danos foram “limitados” e não há risco imediato de contaminação, embora a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tenha alertado para possíveis danos em centrífugas e indícios de contaminação radioactiva e química na unidade de Natanz.
Netanyahu: “Regime iraniano nunca esteve tão fraco”
Durante o contra-ataque iraniano, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, dirigiu-se directamente ao povo iraniano, afirmando que os ataques de Israel tinham como objectivo “neutralizar a ameaça nuclear e balística do regime islâmico” e apelou à população para se insurgir contra os líderes do país.
“O regime não sabe o que o atingiu — nem o que o atingirá. Nunca esteve tão fraco. Esta é a vossa oportunidade para se fazerem ouvir”, disse Netanyahu.
M.S.
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Meu Des, que tragédia! Tantas pessoas inocentes são atingidas por conta dessas guerras, em pleno 2025 estamos vendo esse tipo de coisa acontecer, é muito triste.