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Israel planeia controlo total de Gaza entre críticas


O primeiro-ministro israelita
Israel planeia controlo total de Gaza entre críticas © Getty Images

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, enfrenta críticas severas após anunciar planos para intensificar a ofensiva militar sobre Gaza, com o objetivo de controlar totalmente a cidade, numa escalada da guerra contra o Hamas que já dura 22 meses. Famílias dos reféns israelitas, temendo pela vida dos seus entes queridos, acusam Netanyahu de ser responsável por qualquer morte que ocorra durante a operação.


Pressão das famílias de reféns e temores de mais vítimas

A campanha militar tem causado uma tragédia humanitária na Faixa de Gaza, com mais de 60 mil palestinianos mortos, deslocação massiva da população, destruição da infraestrutura e risco iminente de fome. No sábado, famílias dos reféns israelitas reuniram-se para pressionar o governo a negociar a libertação dos prisioneiros. Einav Zangauker, cuja filho Matan está detido em Gaza, apelou aos israelitas para que pressionem Netanyahu: "Se conquistarem partes da Faixa e os reféns forem assassinados, iremos responsabilizá-lo nas ruas, nas eleições, em qualquer lugar."


Zangauker alertou que as mãos do primeiro-ministro "ficarão ensanguentadas com o sangue dos reféns", acusando-o de rejeitar oportunidades para negociar a libertação dos prisioneiros.


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Divisões políticas e dúvidas sobre a estratégia militar

Aliados da extrema-direita na coligação de Netanyahu têm defendido a tomada total de Gaza para erradicar os militantes do Hamas. Contudo, o ex-líder da oposição, Yair Lapid, classificou a decisão como um "desastre", afirmando que contraria os avisos dos responsáveis militares e de segurança, e acusando ministros de extrema-direita de pressionar Netanyahu para uma campanha prolongada que poderá causar a morte de reféns e soldados.


Em entrevista, Netanyahu afirmou que Israel não pretende manter o controlo permanente de Gaza, mas sim estabelecer um "perímetro de segurança" para depois entregar o território a forças árabes. O plano para a tomada de Gaza será submetido ao gabinete do governo para aprovação.


Atualmente, cerca de 900 mil pessoas vivem em Gaza, incluindo muitos deslocados pela ofensiva, o que aumenta a preocupação internacional face ao impacto humanitário desta operação militar.


B.N.


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