Jardineiro galês acusado de ameaça de bomba por mal-entendido
- Beatriz S. Nascimento
- há 2 dias
- 2 min de leitura

Um jardineiro do País de Gales foi erroneamente acusado de fazer uma ameaça de bomba a uma escola, numa situação provocada por uma incompreensão ligada ao seu sotaque. James Morgan telefonou para a Badbury Park Primary School, situada em Swindon, Wiltshire, com o intuito de saber se teria tempo para apanhar lixo num parque público próximo antes do fim das aulas do dia. O seu objetivo era realizar uma limpeza no espaço antes das 15 horas, tal como fizera na semana anterior.
Confusão no atendimento telefónico leva à evacuação da escola
Durante a chamada telefónica, James perguntou à rececionista se as crianças estavam “de volta a casa ou na escola”. No entanto, devido ao seu forte sotaque galês, a funcionária da escola ouviu “bomba na escola”, interpretando esta expressão como uma ameaça real à segurança do estabelecimento. Assustada, a rececionista alertou imediatamente o diretor da escola, que por sua vez contactou as autoridades. Como medida de precaução, a escola foi evacuada durante seis horas enquanto a polícia e os serviços de emergência realizavam uma busca exaustiva nas instalações. Além disso, foi estabelecido um perímetro de segurança de 200 metros em redor da escola, levando à evacuação temporária de residentes nas proximidades, de modo a garantir a segurança de todos.
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Acusação retirada após julgamento e esclarecimento do mal-entendido
James Morgan, de 36 anos, disse ter desligado a chamada após 31 segundos, quando percebeu que a rececionista não estava a compreender o que ele dizia. Representado pela sua advogada, Kate Lara, Morgan enfrentou um julgamento que durou cerca de duas horas. No final, foi considerado inocente da acusação de ter comunicado intencionalmente informações falsas. A defesa explicou que a rapidez com que Morgan falava, aliada ao seu sotaque galês e ao choque da rececionista ao ouvir o que julgou ser uma ameaça de segurança, foram factores determinantes para o mal-entendido. Este caso destaca as dificuldades que diferenças linguísticas e sotaques podem causar em situações de comunicação delicadas, sobretudo em contextos de segurança pública.
O jardineiro trabalha para a empresa Tony Benger Landscaping e não tinha qualquer intenção de causar alarme. A confusão resultou numa resposta policial e de emergência significativa, que acabou por se revelar desnecessária, mas que reforça a importância de uma comunicação clara e da necessidade de atenção a possíveis interpretações erradas em chamadas telefónicas.
B.N.
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