Justiça da Coreia do Sul emite novo mandado de prisão contra Yoon Suk Yeol
- Monica Stahelin
- 7 de jan.
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de jan.

A Justiça da Coreia do Sul emitiu nesta terça-feira (7) um novo mandado de prisão contra o presidente afastado Yoon Suk Yeol, conforme anunciado pela agência de notícias estatal Yonhap. O mandado foi renovado pelo Escritório de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários (CIO), que busca a detenção de Yoon após a falha da tentativa anterior na última sexta-feira (3).
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O presidente afastado, que se encontra confinado na residência presidencial, ainda não foi detido devido à resistência de seus seguranças. A tentativa de prisão da semana passada gerou um impasse com a equipe de segurança, que durou mais de cinco horas e não resultou em êxito. Apesar disso, as autoridades sul-coreanas não desistiram e prepararam uma nova tentativa, considerada "a última chance", conforme afirmou o chefe do CIO, Oh Dong-woon.
O novo mandado de prisão surge após a expiração do primeiro, à meia-noite de terça-feira, e, segundo a Yonhap, sua validade pode ser mais longa do que o usual, dada a dificuldade em prender Yoon. O CIO está se preparando minuciosamente para a segunda tentativa, incluindo a possibilidade de prender os chefes da segurança presidencial, que têm resistido às investigações.
O ex-presidente enfrenta investigações por insurreição devido a um decreto de lei marcial que ele assinou de forma abrupta em dezembro de 2024, causando uma onda de protestos. Yoon sofreu um impeachment após o bloqueio do decreto pelo Parlamento e agora é investigado por um crime que pode levar a uma pena de prisão perpétua ou até morte, caso seja condenado. Além disso, a ordem de prisão contra ele foi expedida após várias convocações para depoimento, das quais ele não compareceu.
A defesa de Yoon já entrou com um pedido para anular o mandado de prisão, argumentando que a tentativa anterior foi ilegal, uma vez que violou propriedade protegida pelo Estado. Contudo, o tribunal sul-coreano rejeitou o pedido. A política no país continua em turbulência, com manifestações a favor e contra o presidente afastado em frente à sua residência.
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A instabilidade política gerada por essas ações também tem atraído a atenção internacional. Os Estados Unidos, aliado estratégico da Coreia do Sul, pediram que a elite política do país busque um caminho estável para o futuro, enquanto o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, realiza diálogos importantes em Seul, focados nas relações entre as duas nações e na situação com a Coreia do Norte.
O julgamento de destituição de Yoon está marcado para 14 de janeiro, e ele continuará ausente, caso não se apresente ao tribunal.
B.M.
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