Kendrick Lamar e SZA: calor, música e emoção no Estádio do Restelo
- Monica Stahelin
- 28 de jul.
- 2 min de leitura

Este domingo, o Estádio do Restelo recebeu um dos eventos musicais mais aguardados do ano: o concerto de Kendrick Lamar e SZA. Com temperaturas a rondar os 33 graus, dezenas de fãs não hesitaram em enfrentar a onda de calor e fazer longas filas para garantir lugar no recinto.
Entre eles, Laura, uma jovem espanhola de férias em Lisboa, que chegou à fila às 5h20 da manhã para conseguir entrar entre os primeiros, tarefa que só se concretizou doze horas depois. As amigas Rita e Mariana, por sua vez, aguardaram quase dez horas, protegidas por guarda-sóis, para assegurar um espaço privilegiado à frente do palco.
À medida que a hora do espetáculo se aproximava, a Rua dos Jerónimos encheu-se de pessoas vestidas a rigor, com saias de ganga e t-shirts de clubes de futebol, munidas de garrafas de água e outros refrescos para se prepararem para a noite. O entusiasmo era visível quando os jovens corriam para as plateias de pé, dispostos a garantir os melhores lugares.
Performance dinâmica que encantou o público português
O DJ e promotor de Los Angeles, Mustard, abriu o espetáculo às 19 horas, sendo recebido com uma ovação entusiástica do público que entoou o seu nome em uníssono. Após o DJ set, que animou os presentes com saltos e mãos no ar, houve uma pausa de meia hora até à entrada triunfante de Kendrick Lamar.
O rapper iniciou o concerto com temas como “Wacced Out Murals”, “Squabble up” e “King Kunta”, antes de ser acompanhado por SZA, que fez uma entrada memorável em cima de um carro coberto de plantas, evocando a capa do seu mais recente álbum. A dupla alternou entre momentos individuais e colaborações, mantendo a energia e o entusiasmo do público ao rubro.
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Lamar brindou os fãs com uma versão “a capella” de “Swimming Pools” e uma interpretação mais calma de “m.A.A.d city”, provavelmente para evitar os tradicionais “mosh pits”. Ainda assim, os fãs, incentivados por Mustard, cumpriram com as tradições de energia e movimento.
O ponto alto chegou com “All the Stars”, que iluminou o estádio com a luz das lanternas dos telemóveis, mantendo as “estrelas acesas” a pedido dos artistas. A “diss track” de Lamar contra Drake, “Not Like Us”, foi cantada em uníssono, culminando num encerramento emocionante com “Gloria”. SZA até passou o microfone a uma fã para traduzir o refrão de “Seven Nation Army”, revelando-se encantada com a interação.
O cenário remetia para um comando da PlayStation, simbolizando a vida de Lamar como um videojogo, conceito que já tinha sido explorado na sua atuação na Super Bowl. Segundo a diretora artística Shelly Jones, esta escolha pretende aproximar a mensagem do artista ao público jovem.
João, um dos espectadores, não hesitou em classificar a atuação como “um dos melhores concertos do ano”, destacando a química entre Kendrick Lamar e SZA, que proporcionaram um espetáculo inesquecível, deixando muitos fãs literalmente roucos.
M.S.
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