Mais de 90 idosos evacuados de lar em Matosinhos por más condições
- Monica Stahelin
- 19 de jun.
- 2 min de leitura
Acção conjunta envolveu Segurança Social, PSP e Ministério Público.
Mais de 90 idosos foram retirados, esta quarta-feira, de um lar situado em São Mamede de Infesta, no concelho de Matosinhos, devido à alegada falta de condições de habitabilidade e funcionamento da instituição.
A operação, de grande escala, envolveu a participação de várias entidades oficiais, nomeadamente a Segurança Social, a Polícia de Segurança Pública (PSP), o Ministério Público e várias corporações de bombeiros da região.
De acordo com a agência Lusa, declarações prestadas por fonte dos Bombeiros Voluntários de São Mamede de Infesta, a instituição visada foi o lar Coreto D’Amizade. A evacuação foi desencadeada após uma avaliação que concluiu pela ausência de condições mínimas para a permanência dos utentes no espaço.
Evacuação de idosos mobilizou várias corporações de bombeiros
A complexidade da operação ficou a dever-se, em grande parte, ao elevado número de utentes acamados ou com mobilidade condicionada, o que exigiu uma coordenação especial para garantir o seu transporte em segurança. Para esse efeito, foram mobilizadas quatro corporações de bombeiros: São Mamede de Infesta, Matosinhos-Leça, Leça do Balio e Leixões.
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Os bombeiros tiveram de assegurar o transporte dos idosos para unidades com condições adequadas de acolhimento, embora, até ao momento, não tenham sido divulgados os destinos específicos dos utentes realojados.
Testemunhas no local relataram uma presença significativa de viaturas de emergência, bem como de agentes da PSP que asseguravam o perímetro, enquanto decorriam os procedimentos de evacuação e avaliação do espaço por parte dos técnicos da Segurança Social.
Situação investigada pelas autoridades competentes
Fontes no local referiram que o lar operava em situação alegadamente irregular e que as suas condições estruturais e de funcionamento estavam longe dos padrões exigidos para o acolhimento de idosos. A presença do Ministério Público sugere que poderão estar em curso diligências de natureza judicial, com o objectivo de apurar eventuais responsabilidades civis ou criminais.
A Segurança Social deverá prestar mais informações nos próximos dias, nomeadamente sobre o destino dos utentes e o eventual encerramento definitivo da instituição. A situação levanta novas preocupações sobre a fiscalização e regulação dos lares de idosos em Portugal, sobretudo no contexto de um envelhecimento demográfico acelerado e da crescente procura por estruturas de apoio à terceira idade.
M.S.
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