Moçambique reforça aposta na produção de energias renováveis
- Monica Stahelin
- 21 de jul.
- 2 min de leitura

Moçambique tem um elevado potencial para a produção de energia a partir de fontes renováveis, nomeadamente através de centrais hidroeléctricas, solares e eólicas. A declaração foi feita pelo Presidente da República, Daniel Chapo, após concluir uma visita à Barragem de Cahora Bassa, situada na província de Tete, acompanhado por Ajay Banda, presidente do Banco Mundial, que se encontra de visita oficial ao país durante dois dias.
O Presidente sublinhou que a localização geográfica de Moçambique favorece a diversificação da matriz energética, e salientou que o país tem condições para gerar electricidade a partir de diferentes fontes sustentáveis. “Estamos a trabalhar em projectos de centrais hidroeléctricas, solares, a gás e eólicas. Este é o principal propósito da visita”, explicou.
Investimentos e cooperação internacional
Para concretizar esta visão, o Governo pretende fortalecer parcerias com o Banco Mundial e outras instituições do seu grupo, recorrendo a modelos de colaboração público-privada. No domínio da energia solar, Chapo destacou o facto de Moçambique beneficiar de sol durante quase todo o ano, o que representa uma oportunidade significativa para expandir a capacidade de produção energética.
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O Presidente citou como exemplos os projectos em funcionamento nas centrais solares de Metoro, na província de Cabo Delgado, com uma capacidade instalada de 40 megawatts, e de Mocuba, na Zambézia, que gera 41 megawatts e fornece electricidade a aproximadamente 170 mil famílias.
No que diz respeito à energia eólica, revelou que o Governo já está a colaborar com a Corporação Financeira Internacional (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, para estudar e desenvolver soluções viáveis, aproveitando os recursos naturais do território.
Desenvolvimento integrado para o futuro
Além da energia, Chapo identificou quatro sectores prioritários para a cooperação com o Banco Mundial: agricultura, turismo, recursos minerais e infra-estruturas. Nesta última área, o objectivo é dinamizar os principais corredores de desenvolvimento – Maputo, Nacala e Beira – tornando-os motores de crescimento económico através do reforço das redes de transporte e logística.
Ajay Banda, por sua vez, sublinhou que o potencial de Moçambique vai além da energia, e defendeu que é essencial explorar oportunidades em outras áreas estratégicas. “Há muito a ser feito no turismo, nos corredores económicos e na capacitação da juventude. Vejo um futuro muito promissor para este país”, concluiu.
M.S.
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