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Moçambique contrata 450 técnicos para censo de 2027

Mulher sorridente usando lenço colorido está de pé ao lado de uma criança em um acampamento ao ar livre, com tendas e outras pessoas ao fundo.
Moçambique contrata 450 técnicos para censo de 2027 © Ricardo Franco

O Instituto Nacional de Estatística (INE) de Moçambique vai contratar cerca de 450 profissionais, no âmbito dos preparativos para o Recenseamento Geral da População e Habitação (VRGPH) de 2027.


A iniciativa, que conta com financiamento do Banco Mundial, prevê a recolha digital de dados e estima-se que venha a abranger aproximadamente 36 milhões de habitantes.


Segundo o edital do concurso, o INE pretende recrutar, por períodos entre cinco a dez meses, 421 agentes cartógrafos e 33 operadores de sistemas de informação geográfica, a nível nacional. Estes técnicos irão trabalhar na fase preparatória do recenseamento, agendado para decorrer entre 1 e 15 de agosto de 2027.


Desafios logísticos e orçamentais

O censo de 2027 será o primeiro em Moçambique a ser realizado integralmente através de plataformas digitais, com os resultados finais esperados em apenas seis meses. A operação representa um investimento estimado em 110 milhões de dólares (cerca de 96,2 milhões de euros), tendo já sido assegurado um financiamento inicial de 12,7 milhões de dólares (11 milhões de euros) pelo Banco Mundial.


A presidente do INE, Elisa Ana Mónica Magaua, alertou para os principais desafios da operação, nomeadamente a escassez de recursos humanos qualificados, a limitada cobertura da rede elétrica e de internet, bem como o estado precário das vias de acesso. Ainda assim, garantiu que estão reunidas as condições para incluir no recenseamento populações deslocadas devido a ataques terroristas e fenómenos climáticos extremos.


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Instrumento crucial para políticas públicas

O Governo moçambicano sublinhou que o censo de 2027 será fundamental para identificar com rigor a composição etária da população — crianças, jovens, adultos e idosos — e, assim, apoiar decisões estratégicas para o desenvolvimento nacional. A primeira-ministra, Maria Benvinda Levi, destacou a importância da operação para a definição de políticas públicas mais eficazes e para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, bem como das metas da Agenda 2063 da União Africana.


De acordo com estimativas do INE, Moçambique deverá contar com 34 milhões de habitantes em 2025, valor que deverá aumentar para 36 milhões até 2027. Em comparação, o último recenseamento, realizado em 2017, registou pouco mais de 26 milhões de pessoas.


O porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, reforçou que o recenseamento permitirá compreender as dinâmicas populacionais e territoriais, possibilitando uma melhor planificação das respostas governamentais às necessidades da população.


M.S.


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