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Moçambique fortalece escudo digital público e académico


Especialista em TI trabalha em computadores
Moçambique fortalece escudo digital público e académico © DC Studio via freepik

O Governo moçambicano tem vindo a intensificar os seus esforços no domínio da cibersegurança, através do fortalecimento das competências técnicas e operacionais em entidades públicas e académicas. Esta acção, coordenada pelo Instituto Nacional de Governo Electrónico (INAGE), tem como objectivo prevenir e dar uma resposta eficaz ao crescente número de incidentes relacionados com a segurança digital no país.


A informação foi avançada esta terça-feira, 2 de Setembro, em Maputo, pela Inspectora-Geral das Comunicações e Transformação Digital, Igna Macule, durante a sessão de abertura de um workshop dedicado ao reforço do Centro de Operações de Segurança (SOC) e da Equipa de Resposta a Incidentes de Segurança Informática (CSIRT) no seio do Governo e das instituições de ensino superior.


Enfrentar o aumento dos ataques cibernéticos

De acordo com Igna Macule, estas iniciativas surgem como resposta ao crescimento expressivo de ciberataques registados nos últimos anos. A responsável frisou que as medidas implementadas pelo Governo estão sustentadas em instrumentos legais e estratégicos, como é o caso da Lei das Transacções Electrónicas (Lei n.º 13/2017, de 9 de Janeiro), que define os princípios legais para a realização segura de operações digitais.


"Temos observado, nos últimos anos, um aumento significativo de ataques cibernéticos em Moçambique, pelo que o Governo tem vindo a adoptar medidas concretas, apostando em investimentos, parcerias e no reforço das nossas capacidades de defesa no ciberespaço", afirmou.


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Igna Macule destacou ainda que a cibersegurança não se limita a questões tecnológicas, sendo também uma temática ligada aos direitos humanos, à confiança e à qualidade de vida. Defendeu que um ambiente digital seguro permite aos cidadãos utilizar, com confiança, serviços públicos online e plataformas de ensino, saúde e comércio electrónico, assegurando a protecção dos seus dados pessoais.


Parceria entre o Governo e a Academia

Para além das medidas operacionais, o Executivo tem levado a cabo acções de sensibilização sobre segurança da informação, bem como a criação de estruturas como os CSIRT governamentais e académicos. Estas equipas são responsáveis pela protecção das infraestruturas tecnológicas, pela coordenação da resposta a incidentes de cibersegurança e pelo desenvolvimento de competências técnicas nas instituições envolvidas.


O subdirector do INAGE, Sérgio Mapsanganhe, destacou o contributo do Banco Mundial na implementação da política e da estratégia nacional de cibersegurança. “Neste âmbito, diversas instituições beneficiárias, incluindo o INAGE, estão a levar a cabo acções específicas com vista à criação do CICERT e do SOC do Governo”, afirmou.


O workshop, com a duração de dois dias, tem como finalidade o reforço das capacidades técnicas e institucionais do SOC e do CSIRT, promovendo a cooperação entre o sector público e o meio académico, de forma a garantir maior resiliência face às ameaças cada vez mais frequentes no ciberespaço.


M.S.


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