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Trump critica aproximação entre China, Rússia e Coreia do Norte


Os ditadores Putin, Xi e Kim participam da parada militar em Pequim pelos 80 anos do fim da Segunda Guerra
Trump critica aproximação entre China, Rússia e Coreia do Norte © Sergey Bobylev/EFE/EPA/Sputnik/Kremlin Pool

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou a rede social Truth Social para ironizar o encontro entre os líderes da China, Rússia e Coreia do Norte, que participaram de um desfile militar em Pequim.


A publicação surge num momento de crescente tensão entre os regimes aliados e Washington, e recorda o papel norte-americano na libertação da China durante a Segunda Guerra Mundial.


Recordações históricas e tom sarcástico

Durante a publicação feita na noite de terça-feira (2), horário dos EUA, Trump evocou o apoio dos Estados Unidos à China no conflito contra a ocupação japonesa. “A grande questão a ser respondida é se o presidente Xi da China mencionará a enorme quantidade de apoio e de sangue que os Estados Unidos da América deram à China para ajudá-la a garantir a sua liberdade de um invasor estrangeiro muito hostil”, escreveu. “Muitos americanos morreram na busca da China por vitória e glória. Espero que sejam devidamente homenageados e lembrados por sua bravura e sacrifício”, acrescentou.


O republicano adoptou um tom irónico ao referir-se à presença conjunta de Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong-un no evento militar. “Desejo que o presidente Xi e o maravilhoso povo da China tenham um grande e duradouro dia de celebração. Por favor, deem as minhas mais calorosas saudações a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto vocês conspiram contra os Estados Unidos da América.”


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Desfile militar com recados geopolíticos

O desfile realizou-se na manhã de quarta-feira (3) na Praça da Paz Celestial, em Pequim, perante mais de 50 mil espectadores e representantes de 26 países. O evento comemorou o fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico e a vitória chinesa sobre a ocupação japonesa. Xi Jinping liderou a cerimónia ao lado de Putin e Kim, num gesto sem precedentes que, segundo especialistas citados pela CNN, representa uma clara mensagem à Casa Branca.


Durante o evento, o líder chinês exaltou a força do país: “A nação chinesa é a grande nação que nunca é intimidada por nenhum agressor”, afirmou. Entre os armamentos apresentados destacaram-se mísseis hipersónicos, veículos não tripulados terrestres, aéreos e subaquáticos, sistemas de defesa a laser e o novo míssil intercontinental DF-61, que ainda não foi revelado ao público.


Analistas sublinham que o objectivo da China foi mostrar não apenas os avanços tecnológicos, mas também a capacidade industrial de produção militar em larga escala – um sinal de que Pequim pretende consolidar o seu Exército como uma força global comparável, ou superior, à dos EUA.


Reacções internacionais

Em resposta às declarações de Trump, Yuri Ushakov, assessor do Kremlin, afirmou à televisão estatal russa que os comentários do presidente foram vistos como sarcasmo. “Ele novamente disse, não sem ironia, que supostamente esses três tramam uma conspiração contra os Estados Unidos. Quero dizer que ninguém tramou conspiração alguma”, declarou. Ushakov garantiu ainda que a hipótese de um complô não foi sequer mencionada no encontro entre os líderes.


M.S.


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1 comentário


Convidado:
há 32 minutos

Trump sempre tem um jeito único de responder a esses movimentos globais, né? A ironia dele até faz sentido, mas no fundo mostra como a tensão entre esses países ainda é real e preocupante.

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