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Município da Matola-Rio proíbe venda de bebida Xivotchongo

Fábrica de bebidas espirituosas “Xivotchongo".
Município da Matola-Rio proíbe venda de bebida Xivotchongo © Carlos Júnior

Na tarde desta quinta-feira, 7 de agosto, Abdul Gafur, presidente do Município da Matola-Rio, província de Maputo, revelou que a venda da bebida alcoólica designada “Xivotchongo” será proibida naquela região, com a nova regra a começar a vigorar já na próxima segunda-feira. A decisão foi comunicada durante uma visita a uma fábrica local de bebidas alcoólicas, onde o edil defendeu a erradicação desta linha de produtos devido aos danos sociais associados ao seu consumo.


Razões e apoios para a proibição

Segundo Abdul Gafur, a produção e venda de Xivotchongo têm consequências graves na comunidade, especialmente entre os jovens, que a acedem facilmente por se tratar de uma bebida barata. “Temos jovens que deixam de trabalhar porque as empresas recusam contratar quem já está viciado nesta bebida, ficando pelas ruas à procura de biscates para comprar o produto”, explicou. Para contrariar esta realidade, o município compromete-se a apoiar os vendedores que abandonarem a comercialização, disponibilizando incentivos para que possam investir em outros negócios.


O autarca referiu ainda que, apesar das campanhas de sensibilização já iniciadas, haverá uma semana de prazo para a retirada voluntária da bebida das bancas e que, após esse período, a Polícia Municipal atuará com rigor para impedir a sua venda nas ruas. Os revendedores mostraram-se receptivos à recomendação da edilidade, comprometendo-se a colaborar.


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Fábricas e futuro da produção

Sobre as empresas produtoras, o município aguarda orientações do governo central, mas já orienta os estabelecimentos locais a cessarem a fabricação do Xivotchongo. Durante a visita, representantes da Apex Beverages, uma das fábricas envolvidas, reconheceram a necessidade de interromper a produção desta bebida.


Joaquim dos Santos, administrador da empresa, explicou que a produção utiliza etanol de base agrícola importado do Reino de Eswatini, acrescentando que o processo conta com controlo técnico especializado. Embora a linha de Xivotchongo não seja o principal produto da fábrica, a empresa procurará soluções adequadas para o destino das existências.


Esta medida surge poucos dias após o governo ter suspendido a emissão de novas licenças para a produção desta linhagem de bebidas alcoólicas, numa tentativa de reduzir os impactos negativos do consumo nocivo e proteger os consumidores.


M.S.


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