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Nova vaga de mísseis iranianos atinge Israel e agrava receios de escalada militar

Fumo sobe de um local na cidade de Haifa na segunda-feira após um novo bombardeio de mísseis iranianos.
Nova vaga de mísseis iranianos atinge Israel e agrava receios de escalada militar © Ahmad Gharabli/AFP/Getty Images

Explosões foram ouvidas em Jerusalém e Telavive; pelo menos 13 mortos em Israel e mais de 220 no Irão.


As hostilidades entre Israel e o Irão entraram esta segunda-feira no quarto dia consecutivo sem sinais de cessar-fogo, intensificando os receios de um conflito de larga escala no Médio Oriente. O exército israelita confirmou o lançamento de uma nova salva de mísseis iranianos, enquanto várias explosões foram registadas em Jerusalém nas primeiras horas do dia.


Segundo as autoridades de emergência de Israel, cinco pessoas morreram durante a noite e 92 ficaram feridas após múltiplos ataques iranianos contra cidades como Telavive, Petah Tikva e Bnei Brak. A capital económica de Israel sofreu danos consideráveis, com edifícios destruídos e operações de resgate em curso.


Refinaria atingida e embaixada dos EUA danificada

No norte do país, a cidade de Haifa também foi alvo de bombardeamentos. Um dos mísseis atingiu a principal refinaria de petróleo de Israel, localizada na baía da cidade, provocando um incêndio de grandes proporções. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram colunas de fumo espesso e bombeiros a combater as chamas.


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A embaixada dos Estados Unidos em Telavive sofreu "pequenos danos" após o impacto de mísseis nas imediações do edifício. O embaixador norte-americano em Israel, Mike Huckabee, confirmou que os danos não causaram vítimas entre o pessoal diplomático.


Entretanto, o exército israelita mantém em segredo os locais exactos de impacto dos projécteis que escaparam à defesa antiaérea.


Escalada de vítimas e suspeitas de espionagem

Desde sexta-feira, os bombardeamentos israelitas sobre território iraniano resultaram em, pelo menos, 224 mortos e mais de 1200 feridos, segundo o Ministério da Saúde do Irão. De acordo com as autoridades iranianas, mais de 90% das vítimas eram civis.


Em solo israelita, o número total de mortos já ascende a 13 desde o início das trocas de ataques. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu retaliações, afirmando que o Irão "pagará um preço elevado por matar civis".


No plano interno, os serviços de segurança israelitas detiveram dois cidadãos suspeitos de colaborar com os serviços secretos iranianos. Segundo o Shin Bet, estas detenções surgem no âmbito de uma série de 22 tentativas iranianas de recrutamento de espiões em Israel desde o início da ofensiva.


Risco de nova corrida armamentista nuclear

Num contexto global cada vez mais instável, o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI) divulgou esta segunda-feira um relatório alarmante, alertando para o enfraquecimento dos acordos de controlo de armas e para o aumento da retórica nuclear.


O documento sublinha que os nove países com arsenais nucleares, incluindo Israel, continuam a investir em programas de modernização. Cerca de 2100 ogivas nucleares encontram-se actualmente em estado de alerta máximo, prontas para lançamento por mísseis balísticos.


Trump comenta crise e sugere confronto como via para acordo

O presidente dos EUA, Donald Trump, comentou o conflito crescente entre Israel e o Irão, afirmando que “está na hora de um acordo”, mas sugerindo que os dois países “talvez precisem de lutar” antes de chegar a um entendimento. As declarações foram feitas antes da sua partida para a cimeira do G7, no Canadá.


M.S.


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