Passaportes britânicos podem ficar 32 libras mais caros
- Monica Stahelin
- 20 de jun.
- 2 min de leitura

Medida visa colmatar défice orçamental da entidade responsável pela emissão dos documentos.
O preço da emissão de um novo passaporte no Reino Unido poderá sofrer um aumento de 32 libras, numa medida que poderá afetar milhões de cidadãos, sobretudo em período de férias. Esta proposta surge como resposta ao défice de 233 milhões de libras registado no orçamento de 2024 do Passport Office, a entidade responsável pela emissão dos passaportes britânicos.
Nos últimos cinco anos, o Passport Office acumulou um défice total de 916 milhões de libras. Para enfrentar esta situação, o National Audit Office (NAO), o órgão independente de fiscalização das despesas públicas britânicas, recomendou um aumento das taxas cobradas pelos serviços prestados. Embora não tenha especificado um valor exato, o The Telegraph avançou que seria necessário cobrar mais 32 libras por pedido para compensar o défice do ano passado.
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Governo ainda sem planos imediatos para aumento
Um porta-voz do Ministério da Administração Interna esclareceu que não existem “planos imediatos” para um novo aumento das taxas. Contudo, a recomendação do NAO, que atua sob supervisão da ministra Yvette Cooper, sublinha a necessidade de ajustar os preços “num prazo razoável”.
Este possível agravamento surge poucos meses após uma atualização nas tarifas dos serviços de passaportes, que entrou em vigor a 10 de abril. O preço de um passaporte padrão para adultos passou de 88,50 para 94,50 libras, enquanto o custo dos passaportes infantis aumentou de 57,50 para 61,50 libras. Já o serviço premium de um dia passou a custar 222 libras para adultos e 189 para crianças.
O Governo justificou os aumentos anteriores com a necessidade de tornar o sistema autossustentável, reduzindo a dependência de fundos provenientes da tributação geral. As receitas destas taxas destinam-se não só ao processamento dos pedidos de passaportes, mas também ao apoio consular no estrangeiro e à gestão de cidadãos britânicos nas fronteiras do Reino Unido.
O apelo ao aumento dos preços dos passaportes foi incluído num relatório mais amplo do NAO sobre os serviços públicos, o qual revelou um défice global de 340 milhões de libras nas receitas obtidas por várias entidades governamentais.
Gareth Davies, responsável máximo do NAO, alertou para os riscos que a falta de recuperação de custos representa para a sustentabilidade financeira dos serviços públicos, defendendo um reforço da supervisão por parte do Tesouro britânico.
M.S.
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