PMs continuam presos após conclusão do inquérito sobre morte de Gritzbach
- Beatriz S. Nascimento
- 18 de abr.
- 2 min de leitura

A Corregedoria da Polícia Militar (PM) concluiu nesta semana o inquérito que investigava a participação de agentes na morte do empresário Vinicius Gritzbach, delator do PCC, assassinado a tiros em outubro de 2024, no Aeroporto de Guarulhos, São Paulo. O caso foi encaminhado ao Tribunal de Justiça Militar (TJM), que agora analisará os envolvidos, mantendo a prisão de 17 policiais militares.
De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o relatório final indicou que, entre os 17 PMs, 12 foram indiciados por envolvimento em organização criminosa, um por falsidade ideológica e prevaricação, e três acusados de envolvimento direto na execução do empresário podem responder por organização para a prática de violência.
Além disso, o Ministério Público de São Paulo (MP) também denunciou seis pessoas, incluindo policiais militares e civis, pelo assassinato de Gritzbach. O MP não considera o caso encerrado e continua investigando outros envolvidos.
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Entre os denunciados pelo MP, estão Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Bill ou Cigarreira, apontado como mandante do crime, e seu amigo Diego dos Santos Amaral, o Didi, ambos foragidos. Também foram denunciados os policiais militares Dênis Antônio Martins e Ruan Silva Rodrigues, apontados como executores do homicídio, e o agente Fernando Genauro, responsável pela direção do veículo usado na execução. Kauê do Amaral Coelho, que teria informado a chegada de Gritzbach ao aeroporto, também é foragido.
Relembre o caso
Vinicius Gritzbach foi um empresário que atuava como delator de esquemas envolvendo policiais civis e militares, além de membros do PCC. Ele fazia parte de uma rede de alto escalão do crime organizado e, antes de se voltar contra a facção, tinha um acordo com o Ministério Público, no qual revelou detalhes de operações criminosas.
Em suas delações, Gritzbach afirmou ter intermediado a compra de imóveis para membros da organização criminosa e denunciou diversos envolvidos. O caso tomou proporções ainda maiores com a execução de Gritzbach, que teria sido encomendada por Cigarreira, um dos principais traficantes do PCC no estado, com conexões com facções cariocas como o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP).
Investigações apontam que após a execução de Gritzbach, Cigarreira teria se refugiado na Vila Cruzeiro, região dominada pelo tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
B.N.
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