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João Lourenço defende África como peça chave na saúde global

Presidente da União Africana, João Lourenço, discursa na 78.ª Assembleia da Organização Mundial da Saúde
João Lourenço defende África como peça chave na saúde global © Contreiras Pipa

Na 78.ª Assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada em Genebra, o Presidente da União Africana, João Lourenço, reiterou a importância de África ser uma parceira activa na solução global de saúde. Segundo o estadista, o continente deve ter capacidade própria de produção, centros de inovação e redes de investigação, destacando o papel crucial da OMS para os países africanos, especialmente em momentos de crise.


Lourenço congratulou-se com a assinatura iminente de um Memorando de Entendimento renovado entre a Comissão da União Africana (UA) e a OMS, com o intuito de reforçar a parceria estratégica, além de anunciar uma contribuição de Angola no valor de 8 milhões de dólares para a Ronda de Investimentos da OMS, unindo-se aos 14 países africanos já comprometidos com o apoio.


O Presidente angolano sublinhou que a OMS é um pilar essencial na promoção da saúde global e na redução das desigualdades sanitárias, e defendeu que os países devem investir mais na organização, especialmente para garantir um financiamento sustentável e previsível. "A OMS deve ser fortalecida para assegurar a sua operacionalidade, protegendo a saúde dos povos", afirmou, salientando que a organização constitui a única estrutura multilateral dotada de um mandato universal para assegurar a saúde global e promover a equidade.


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Desafios da União Africana e a crise da saúde no continente

João Lourenço também abordou os desafios que a África enfrenta, como a pandemia de Covid-19, que evidenciou as fragilidades dos sistemas de saúde do continente. Ele apelou à necessidade de redefinir os paradigmas para um futuro mais equitativo e resiliente, ressaltando que a África raramente é a origem das crises globais, mas está frequentemente na linha de frente como vítima delas. "O retrocesso do apoio global tem um impacto direto nos nossos sistemas de saúde e coloca em risco o desenvolvimento socioeconómico do continente", destacou.


Quanto à crise de cólera que atinge diversos países africanos, o Presidente de Angola sublinhou a necessidade imediata de uma resposta global articulada. Para enfrentar o problema, Angola tem colaborado com entidades como o CDC África, a OMS e o UNICEF na contenção dos surtos e na distribuição de vacinas. Está igualmente agendada uma Cimeira de Alto Nível, que contará com a participação de chefes de Estado africanos e terá como finalidade discutir soluções sustentáveis para enfrentar esta crise.


Apostar na saúde para garantir a equidade global

João Lourenço também sublinhou a importância de reforçar a cobertura universal de saúde, como uma ferramenta poderosa para alcançar a equidade global. Ele defendeu que é essencial continuar a investir em cuidados primários de saúde, na formação de profissionais e em infraestruturas, além de garantir o acesso a água potável, saneamento básico e alimentação saudável para todas as comunidades.


No âmbito da crise climática, que está a agravar o perfil sanitário da África, o Presidente da UA apontou que doenças como a cólera, a malária e outras arboviroses têm aumentado devido às cheias e à seca. A União Africana, concluiu, está totalmente comprometida com uma visão pan-africana para promover a integração e o crescimento sustentável, garantindo um impacto positivo na qualidade de vida dos africanos.


M.S.


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