top of page

Corpo de homem é identificado 10 anos após atropelamento em Londres

Bryan Woolis
Corpo de homem é identificado 10 anos após atropelamento em Londres © South Yorkshire Police

Bryan Woolis foi vítima de um acidente rodoviário em 2015, a poucos metros de casa, mas só agora foi oficialmente identificado graças à dedicação de um agente fora de serviço


Mistério durou quase uma década

O corpo de um homem atropelado em Walthamstow, leste de Londres, em janeiro de 2015, foi finalmente identificado, quase uma década após o acidente. Bryan Alwyn Woolis morreu no dia 22 de janeiro de 2015, depois de ser atingido por um Mercedes C-Class a poucos metros da sua residência. Durante anos, a sua identidade permaneceu desconhecida, impedindo o encerramento formal do caso.


Na altura, as autoridades suspeitavam que o homem se chamasse Brian Wallace e que pudesse ter ligações a Sheffield, mas todos os esforços para confirmar a sua identidade ou localizar familiares revelaram-se infrutíferos. O condutor do veículo foi posteriormente condenado com pena suspensa, mas o caso permaneceu oficialmente em aberto devido à ausência de identificação da vítima.


Publicidade


Investigação paralela levou à descoberta

Foi apenas em 2024 que o caso ganhou um novo rumo, graças ao envolvimento voluntário do agente Nik Dodsworth, da Polícia de South Yorkshire. Ao tomar conhecimento da história através de uma reportagem no jornal local The Sheffield Star, Dodsworth ofereceu-se para investigar no seu tempo livre.


“Vi que o jornal tinha publicado duas boas fotografias do homem, mas que, mesmo assim, ele permanecia sem nome. Achei isso profundamente triste”, explicou o agente. “Quando entrei para a polícia, imaginei que este tipo de investigação seria comum, mas na realidade raramente temos casos assim.”


Com o apoio da Met Police e da organização sem fins lucrativos Locate International, Dodsworth conseguiu, após cerca de cinco horas de pesquisa — principalmente online e através da exclusão de identidades sugeridas em fóruns — obter pistas cruciais. Um registo parcial de ADN e o cruzamento de dados com a base nacional da polícia permitiram identificar o homem como Bryan Woolis.


As investigações revelaram ainda um obituário publicado em 2016 em nome de Alwyn Woolis, pai de Bryan, onde eram mencionados três filhos, incluindo o próprio Bryan. A partir daí, Dodsworth conseguiu entrar em contacto com os irmãos de Bryan, esclarecendo finalmente as circunstâncias da sua morte.


Segundo o agente, Bryan viveu de forma discreta por opção. Após a irmã se mudar para Londres nos anos 1990, Bryan seguiu-lhe os passos alguns anos depois. Contudo, quando ela regressou ao norte do país para cuidar do pai, o contacto entre ambos cessou, o que explica o facto de Bryan nunca ter sido dado como desaparecido.


“Apesar da distância entre eles, a irmã ficou abalada ao saber do que tinha acontecido. Ela tinha ouvido rumores de que o irmão teria morrido de causas naturais, mas nunca conseguiu confirmar.”


Novo capítulo e homenagem póstuma

A organização Locate International está agora a trabalhar para providenciar uma nova lápide para o túmulo de Bryan, localizado no Cemitério de Manor Park, em Londres.


“É triste pensar que alguém possa morrer e ser sepultado sem que a sua identidade seja conhecida”, concluiu Dodsworth. “Mas o que torna este caso realmente especial é o facto de, ao fim de tantos anos, ter sido finalmente resolvido.”


M.S.


Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News

Comentarios


PODE GOSTAR DE LER...

bottom of page