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Porto lidera ranking nacional com o maior número de escolas no topo

Livros, lápis e maçã estão dispostos sobre mesa, ao lado aparecem dados com as letras A, B e C
Porto lidera ranking nacional com o maior número de escolas no topo © Element5 Digital na Unsplash

O distrito do Porto destaca-se, mais uma vez, como líder no ranking de escolas do ensino secundário, com três colégios a ocuparem os três primeiros lugares da tabela desenvolvida e apresentada pelo Jornal de Notícias (JN). Além disso, 30 escolas do Porto figuram entre os 100 melhores estabelecimentos de ensino, das quais 11 são públicas. O Norte do país, no total, tem 43 escolas entre os 100 primeiros lugares, seguindo-se o distrito de Lisboa, que conta com 26 escolas, das quais cinco são públicas.


Este ranking inclui 652 escolas de ensino secundário e revela que, entre as 100 melhores, 43 pertencem ao Norte, 33 ao Sul, 21 ao Centro, e há ainda representações da Madeira, Açores e da Escola Portuguesa de Luanda. A tendência de domínio dos colégios continua a ser notada, com 35 instituições a ocupar as primeiras posições, uma ligeira diminuição em relação aos 37 colégios presentes no ranking de 2024. O primeiro agrupamento público surge no 39.º lugar, o Agrupamento de Escolas Dr. Ferreira da Silva de Oliveira, em Aveiro, que subiu 11 posições em relação ao ano passado.


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Mudanças no Acesso ao Ensino Superior: Desafios e Impactos

Em termos de resultados, 47 escolas, três das quais públicas, alcançaram médias superiores a 14 valores nos exames, enquanto 62 escolas, representando 9,5% do total, obtiveram uma média inferior a dez valores. Assim, 90,5% das escolas conseguiram uma média positiva, refletindo uma evolução no desempenho geral.


Este ranking também reflete o impacto das alterações implementadas no modelo de acesso e cálculo das médias do ensino secundário, que começaram a ser aplicadas aos alunos do 11.º ano no ano anterior. Estas alterações vão continuar a ser aplicadas em 2024, com os exames do 12.º ano a contarem para a conclusão do ensino secundário e com o exame de Português a ser novamente obrigatório. A principal mudança reside na alteração do peso dos exames para a média final de ingresso no Ensino Superior, passando de 50% para até 60%, e no facto de as opções de disciplinas não terem o mesmo peso que outras avaliações, como as trienais ou bienais.


Desafios no Ensino: Cresce o Número de Alunos Estrangeiros

Outro dado relevante é a diferença significativa na distribuição de notas máximas, com os colégios a atribuírem uma percentagem muito superior de classificações de 20 valores. Mais de 20% das notas atribuídas nos colégios foram 20 valores, enquanto nas escolas públicas esta percentagem foi de apenas 6,2%. Esta discrepância levanta preocupações sobre a "inflação de notas", como alertou Tiago Neves, investigador que tem denunciado o fenómeno. Para o presidente do Conselho das Escolas, António Castel-Branco, as alterações nas regras de ingresso poderão ajudar a reduzir a atribuição excessiva de notas máximas, embora continue a haver receios quanto à capacidade das escolas de contornar essas novas exigências.


Por outro lado, o aumento significativo de alunos estrangeiros nas escolas portuguesas tem sido um desafio crescente, com a integração de estudantes, especialmente dos países de língua oficial portuguesa, a ser um dos maiores obstáculos para os diretores e investigadores. Nos últimos anos, o número de alunos chineses e ucranianos triplicou, e os resultados destes estudantes têm sido superiores aos dos alunos oriundos de outros países lusófonos, segundo dados do Infoescolas. A introdução de um novo indicador, que compara as classificações internas de cada escola com a média nacional, pretende melhorar a compreensão dos resultados escolares, permitindo um diagnóstico mais preciso das realidades regionais e das escolas com características socioeconómicas semelhantes.


Este conjunto de dados reflete uma realidade diversificada e desafiante no sistema educativo português, que continua a procurar um equilíbrio entre a qualidade do ensino e as condições de equidade para todos os alunos.


M.S.


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