Portugal com menos de 50 mil no acesso ao Ensino Superior
- Monica Stahelin
- 5 de ago.
- 2 min de leitura
Os valores aproximam-se dos registados em 2018, invertendo tendência dos últimos anos.
O número de candidatos ao Ensino Superior em Portugal voltou a baixar este ano, fixando-se abaixo da marca dos 50 mil. De acordo com dados divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), inscreveram-se 49.595 estudantes na 1.ª fase do concurso nacional de acesso, menos 9.046 do que no ano anterior. Trata-se de um registo semelhante ao de 2018, ano em que 49.362 alunos concorreram na mesma fase.
A quebra verificada representa uma inversão em relação aos últimos anos, nos quais os valores se mantiveram consistentemente acima dos 60 mil candidatos. Em 2020, por exemplo, foram cerca de 62 mil os estudantes que se candidataram na 1.ª fase, número impulsionado pelas alterações temporárias nas regras de acesso provocadas pela pandemia de covid-19. Desde então, as candidaturas mantiveram-se elevadas, mas com ligeiras oscilações, até à queda acentuada registada este ano.
Fatores socioeconómicos poderão justificar redução
As associações de estudantes têm vindo a alertar para a influência de factores externos na decisão dos jovens de prosseguir estudos superiores. Entre os principais obstáculos identificados está a escassez de alojamento a preços acessíveis e as crescentes dificuldades económicas das famílias para suportar os custos associados a estudar fora da residência habitual.
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Apesar do número de candidatos ter diminuído, as vagas disponíveis no ensino superior mantêm-se elevadas. Só no regime geral de acesso ao ensino público estão abertas mais de 55 mil vagas, a que se somam 717 vagas em concursos locais, nomeadamente para cursos com exigências específicas como os artísticos. Adicionalmente, existem cerca de 21 mil vagas nos regimes e concursos especiais, dirigidos a públicos como maiores de 23 anos ou estudantes em mudança de curso. No ensino superior privado, há ainda perto de 25 mil lugares disponíveis.
M.S.
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