Presidente de Moçambique pede que se evite destruição de hospitais
- Monica Stahelin
- 8 de jan.
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de jan.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, fez um apelo à população para que não destrua hospitais, lembrando que estas infraestruturas são públicas e servem ao bem-estar de todos os moçambicanos. O pedido foi feito durante a inauguração do Hospital Distrital de Sussundenga, na província de Manica, no âmbito do programa presidencial "Um Distrito, Um Hospital". Nyusi destacou que as unidades de saúde não pertencem a partidos políticos, mas sim ao povo moçambicano, ressaltando a importância de preservar estas instalações essenciais.
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O país tem enfrentado grandes desafios em relação à destruição de hospitais. Desde 2019, pelo menos 472 unidades sanitárias foram danificadas devido a desastres climáticos, e outras 32 foram destruídas em ataques terroristas que afetam a província de Cabo Delgado desde 2017. Dados oficiais divulgados pelo governo indicam que as consequências dessas destruições impactaram negativamente o acesso à saúde, especialmente nas regiões mais afetadas.
Além de fazer um apelo para a proteção dos hospitais, o chefe de Estado também pediu que a população cesse a perseguição a médicos e profissionais de saúde, em meio aos protestos contra os resultados eleitorais.
"Em Mogovolas, na província de Nampula, estão a perseguir médicos, incluindo estrangeiros. Foram queimar centros hospitalares porque acreditavam que os médicos estavam a trazer cólera", lamentou Nyusi. Ele enfatizou que é essencial defender as conquistas do país, incluindo o trabalho dos enfermeiros e médicos.
Segundo o executivo moçambicano, o sistema de saúde tem avançado, com uma cobertura hospitalar direta agora alcançando cerca de 4,4 milhões de pessoas. Além disso, o rácio de utentes por unidade de saúde diminuiu de 17.514 em 2019 para 16.393 em 2024. A distância percorrida pelas populações rurais até a unidade de saúde também foi reduzida de 12 para 10 quilómetros, graças à iniciativa "Um Distrito, Um Hospital".
No entanto, a atual contestação política, liderada pelo candidato Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados das eleições, tem gerado episódios de violência. Desde o início dos protestos, quase 300 pessoas morreram e cerca de 600 ficaram feridas. Várias instituições públicas e privadas foram vandalizadas, exacerbando ainda mais a situação no país.
M.S.
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