Preços do petróleo caem após Israel aceitar cessar-fogo com o Irão
- Monica Stahelin
- 24 de jun.
- 2 min de leitura
Os preços do petróleo registaram uma forte descida de quase 5% na terça-feira, depois de Israel ter concordado com um cessar-fogo com o Irão, pondo fim a quase duas semanas de conflito na região do Médio Oriente.
Impacto imediato nos mercados e nas preocupações globais
O Brent, referência internacional para o preço do petróleo, caiu para 68 dólares por barril, abaixo do valor registado antes do lançamento dos mísseis israelitas contra instalações nucleares iranianas, ocorrido a 13 de junho. Nos últimos dias, os preços tinham disparado devido ao receio de que o Irão pudesse interromper o fornecimento mundial, bloqueando o Estreito de Ormuz, uma rota essencial para o transporte de petróleo e gás.
A confirmação do cessar-fogo, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e posteriormente ratificada por Israel, provocou uma subida nas bolsas de valores do Reino Unido, Europa e Ásia. O índice FTSE 100 britânico valorizou-se 0,4%, o francês CAC-40 aumentou 1,4% e o alemão DAX registou uma subida de 2%. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,1% e o Hang Seng de Hong Kong avançou 2,1%.
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Cessação de fogo incerta ameaça estabilidade económica global
Apesar da queda inicial nos preços, o alívio foi atenuado após Israel acusar o Irão de violar o cessar-fogo ao lançar um ataque com mísseis. A analista de mercado Priyanka Sachdeva, da Phillip Nova, alerta que o impacto duradouro nos preços do petróleo dependerá da verdadeira implementação dos termos do cessar-fogo por ambas as partes.
Durante o conflito, os preços do petróleo chegaram a atingir os 81 dólares por barril, alimentando temores de um aumento no custo de vida devido à subida dos preços da gasolina, gasóleo e dos custos empresariais. O aumento prolongado dos preços da energia poderia ter efeitos globais, elevando os custos das faturas e de bens essenciais, tal como aconteceu após a invasão da Ucrânia pela Rússia, há três anos.
No Reino Unido, os preços grossistas do gás natural recuaram 12,5% na terça-feira, depois de uma subida significativa, beneficiando-se também do facto do Qatar, um grande fornecedor de gás liquefeito, utilizar o Estreito de Ormuz para as suas exportações. No dia anterior, o Irão tinha lançado mísseis contra uma base militar norte-americana no Qatar, numa retaliação aos ataques dos EUA contra instalações nucleares iranianas.
M.S.
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