Profissionais de saúde angolanos iniciam formação académica no Brasil
- Beatriz S. Nascimento
- há 3 dias
- 2 min de leitura
Sete enfermeiros frequentarão cursos de mestrado e doutoramento na Universidade de São Paulo
Sete profissionais angolanos da área de enfermagem irão, nos próximos dias, iniciar uma formação académica de mestrado e doutoramento no Brasil, no âmbito de um programa de capacitação internacional. Os enfermeiros foram seleccionados para frequentar a Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), uma das instituições mais reconhecidas da América Latina.
As formações abrangem especialidades ligadas à enfermagem na saúde do adulto e à atenção primária em saúde no Sistema Único de Saúde (MPAPS) do Brasil, com o objectivo de fortalecer competências técnicas e académicas essenciais para o reforço do sistema nacional de saúde em Angola.
Representatividade nacional no ensino superior
Os profissionais seleccionados provêm de várias províncias angolanas, nomeadamente Huambo, Moxico, Lunda Norte, Luanda e Zaire, assegurando uma representatividade alargada do território nacional no projecto.
Durante a cerimónia de acolhimento, Job Monteiro, coordenador e gestor técnico do programa, felicitou os bolseiros e sublinhou a relevância estratégica da formação para a melhoria dos cuidados de saúde em Angola.
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Também presente no evento, o neurocirurgião Djamel Kitumba reforçou os deveres e normas que regulam a bolsa de estudos, lembrando que cada estudante representa o país e o sector da saúde no exterior.
Compromisso ético e responsabilidade
O enfermeiro Adão Chimuanji, assistente de formação, expressou orgulho pelo início desta nova etapa de qualificação profissional, destacando ser a primeira vez que profissionais do sector público angolano são especializados nestas áreas-chave da enfermagem.
Por sua vez, Isabel Gria, especialista em área social e ambiental, chamou a atenção para o cumprimento do código de conduta dos bolseiros e abordou a temática da prevenção de acidentes de trabalho, apelando ao comportamento ético e à responsabilidade individual de cada participante ao longo da formação no estrangeiro.
A iniciativa representa um passo significativo na valorização e qualificação do corpo técnico de enfermagem de Angola, com potencial impacto na resposta aos desafios de saúde pública no país.
B.N.
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