Rachel Reeves defende bilhetes grátis para Sabrina Carpenter por segurança
- Monica Stahelin
- 24 de mar.
- 3 min de leitura

A Chanceler Rachel Reeves explicou que aceitou bilhetes gratuitos para assistir ao concerto de Sabrina Carpenter no O2 Arena, em Londres, por considerar ser “a coisa certa a fazer do ponto de vista da segurança”. A deputada revelou que foi ao evento acompanhada de um membro da sua família e explicou que os bilhetes que recebeu não eram comercializados e não podiam ser comprados pelo público em geral.
Em declarações ao programa Sunday with Laura Kuenssberg da BBC, Reeves referiu que a sua visita ao concerto aconteceu há algumas semanas, e esclareceu que, devido à sua posição e à segurança que agora acompanha a sua rotina, não seria tão simples participar num evento público como anteriormente.
“Agora tenho segurança, o que torna mais difícil simplesmente estar num concerto, embora isso fosse muito mais fácil para todos os envolvidos”, afirmou.
Controvérsias e questões de ética
Este episódio ocorreu no contexto de uma crescente controvérsia sobre ministros e figuras políticas aceitarem presentes e bilhetes gratuitos. O assunto tem gerado debate, especialmente após o caso de Sir Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, ter recebido várias ofertas significativas de um dos principais doadores do partido, Lord Alli, incluindo roupas de trabalho e óculos no valor de milhares de libras.
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A Chanceler, que é também responsável por questões económicas no governo, comprometeu-se a declarar o valor dos bilhetes recebidos, mas frisou que estes não estavam à venda.
“Não havia preço para esses bilhetes, porque não eram bilhetes que você pudesse comprar", explicou.
Regras do Código Ministerial
A situação de Reeves se insere numa discussão mais ampla sobre o Código Ministerial, que permite que ministros aceitem bilhetes para eventos, desde que o façam na sua capacidade oficial, e não por motivos pessoais. O Código estipula que os ministros devem avaliar, caso a caso, a aceitação de ofertas e hospitalidade, sendo a decisão de agir ou não uma questão de julgamento pessoal.
Por outro lado, Andrew Griffith, Secretário de Estado Sombra para os Negócios, também enfrentou críticas por aceitar bilhetes para os prémios Bafta, avaliados em £4,000, de uma empresa do setor audiovisual. Griffith defendeu a sua ação, justificando que a cerimónia é uma celebração da indústria criativa e um evento de grande importância para o Reino Unido, onde muitos ministros, incluindo membros do Partido Trabalhista, estavam presentes.
Distinções entre hospitalidade e doações financeiras
A situação envolvendo Griffith foi comparada pela oposição à de Lord Alli, que fez contribuições significativas ao Partido Trabalhista, levando a acusações de que ele poderia ter recebido favores em troca das suas doações. Um porta-voz do Partido Conservador defendeu a posição de Griffith, destacando que aceitar hospitalidade para eventos como os Bafta é substancialmente diferente de doações milionárias em troca de acesso a cargos governamentais.
Com o Parlamento a debater questões éticas e de transparência no governo, tanto a aceitação de presentes como de bilhetes continua a ser um tema quente, com as figuras políticas a tentarem justificar as suas escolhas à medida que a pressão pública aumenta.
M.S.
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