top of page

Rapper dos Kneecap não será acusado após declarações polémicas

A imagem mostra o grupo musical irlandês Kneecap se apresentando no Festival de Glastonbury
Rapper dos Kneecap não será acusado após declarações polémicas © Getty

Liam Óg Ó hAnnaidh, conhecido artisticamente como Mo Chara e membro do grupo de rap norte-irlandês Kneecap, não enfrentará acusações legais após ter sido filmado a gritar frases polémicas durante um concerto em Londres, em Novembro de 2023. Entre as expressões proferidas, destaca-se “o único Tory bom é um Tory morto” e o apelo ao público para “matarem o vosso deputado local”.


A filmagem, tornada pública em Abril deste ano, levou o Comando Contra-Terrorismo da Polícia Metropolitana a abrir uma investigação. Contudo, segundo comunicado emitido no domingo, as autoridades concluíram que quaisquer eventuais infracções seriam “resumidamente puníveis” e já estariam “fora do prazo legal para instauração de processo”.


Declarações polémicas continuam a gerar reacções

Embora este caso específico tenha sido arquivado, Mo Chara continua sob investigação por alegado apoio a uma organização terrorista proibida. Está acusado de ter exibido uma bandeira do Hezbollah e gritado palavras de apoio ao grupo e ao Hamas durante outro evento em Novembro de 2023.


Publicidade


As declarações do rapper voltaram a suscitar críticas após nova actuação controversa do grupo Kneecap, desta vez no Festival de Glastonbury, onde partilharam o palco com o duo punk Bob Vylan. Durante a transmissão em directo pela BBC iPlayer, o duo Bob Vylan proferiu o grito “morte ao IDF”, o que levou o primeiro-ministro britânico, Sir Keir Starmer, a condenar o episódio, classificando-o como um “discurso de ódio desprezível”.


A reacção pública intensificou-se após a intervenção de Katie Amess, filha do falecido deputado conservador Sir David Amess, assassinado num atentado terrorista em 2021. Katie classificou os comentários de Mo Chara como “extremamente perigosos”, alertando para o risco de influenciar pessoas vulneráveis.


Em resposta, os Kneecap emitiram um pedido de desculpas às famílias Amess e Cox, alegando que as suas palavras foram “deliberadamente retiradas do contexto” e negando qualquer apoio ao Hamas ou ao Hezbollah. “Rejeitamos qualquer sugestão de que procuramos incitar à violência contra qualquer deputado ou indivíduo. Jamais o faríamos”, afirmou o grupo.


Apesar das desculpas, o trio continua a gerar debate com actuações marcadas por críticas à política britânica e apelos à retirada da influência do Reino Unido na Irlanda do Norte. Segundo fontes noticiosas, as autoridades norte-americanas estarão a reconsiderar a emissão de vistos para o grupo, o que poderá pôr em risco a sua próxima digressão pelos Estados Unidos.


M.S.


Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News

Comments


PODE GOSTAR DE LER...

bottom of page