Subida para 17 nos casos de Mpox no Niassa, em Moçambique
- Monica Stahelin
- 30 de jul.
- 2 min de leitura

O surto de Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, continua a progredir na província do Niassa, no norte de Moçambique. De acordo com os dados mais recentes das autoridades de saúde, o número de infecções confirmadas passou de 13 para 17.
A actualização foi feita esta terça-feira, 29 de Julho, em Maputo, pelo director nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, durante uma conferência de imprensa que abordou o estado da propagação da doença no país.
Casos registados e distribuição por zonas
Segundo Quinhas Fernandes, os novos casos foram identificados entre 10 e 27 de Julho nos postos administrativos de Lago, Matengula, Cobué e Maniamba. Desde que o surto foi oficialmente declarado, a 10 de Julho de 2025, foram identificados 17 casos positivos por exames laboratoriais: dois em Matengula, treze em Cobué e dois em Maniamba.
Entre os infectados, sete são do sexo feminino (41%) e os restantes do sexo masculino. As idades dos pacientes variam entre os 13 e os 38 anos. Relativamente ao estado serológico, doze doentes foram submetidos ao teste de VIH, dos quais dois apresentaram resultado positivo, representando uma taxa de co-infecção de 17%.
Durante o mesmo intervalo temporal, foram notificados 92 casos suspeitos em diversas províncias. O Niassa lidera com 57 casos, seguido por Tete (8), Cidade de Maputo e Província de Maputo (ambas com 7), Manica (4), Zambézia e Cabo Delgado (3 cada), Nampula (2) e Sofala (1). Das amostras recolhidas, 87 foram já analisadas, sendo que 70 testaram negativo.
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Situação clínica e acções de controlo
Todos os indivíduos infectados encontram-se em condição estável e permanecem em isolamento nas suas residências, acompanhados pelas autoridades sanitárias. Até agora, nenhum teve alta médica, uma vez que ainda decorre o período obrigatório de 21 dias de isolamento.
As primeiras análises laboratoriais confirmaram que o vírus em circulação pertence à linhagem Clade Ib, igualmente detectada na Tanzânia. Algumas amostras continuam em fase de processamento.
Diante da evolução do surto, Quinhas Fernandes reforçou a necessidade de adoptar medidas de prevenção rigorosas. Entre as principais orientações estão a manutenção de uma boa higiene pessoal e comunitária, a evicção de contacto directo com pessoas infectadas ou superfícies contaminadas, e a utilização de equipamento de protecção ao lidar com materiais de risco. Também foi recomendada a vacinação dos grupos mais vulneráveis, como os contactos próximos de casos confirmados e os profissionais de saúde.
A Mpox é uma doença viral de origem animal, identificada pela primeira vez em seres humanos em 1970, na República Democrática do Congo. Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça, aumento dos gânglios linfáticos e cansaço, seguidos pelo aparecimento de lesões cutâneas em forma de borbulhas.
M.S.
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