Temperaturas acima de 40º elevam perigo de incêndios em Portugal
- Monica Stahelin
- 24 de jul.
- 2 min de leitura

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alerta para uma forte subida das temperaturas em Portugal Continental, com valores que poderão ultrapassar os 40 graus Celsius em várias regiões do interior. Esta situação meteorológica extrema está a provocar um agravamento significativo do risco de incêndio rural, que se estende de Norte a Sul do país.
Perigo máximo em mais de 60 concelhos do interior e sul
Esta quinta-feira, mais de 60 concelhos localizados nos distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Aveiro, Coimbra, Santarém, Castelo Branco, Portalegre e Faro encontram-se em situação de perigo máximo de incêndio rural, conforme indicado pelo IPMA. Para além destes, vários outros concelhos do interior norte, centro e do Algarve mantêm um nível muito elevado de risco, que pode vir a aumentar nos próximos dias.
O IPMA adianta que a tendência para o agravamento do perigo de incêndio se deverá manter pelo menos até ao início da próxima semana, devido à combinação de temperaturas elevadas, ventos moderados e níveis reduzidos de humidade no solo e na vegetação. O índice de perigo de incêndio, calculado com base em múltiplos fatores como temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e precipitação nas últimas 24 horas, apresenta cinco níveis de gravidade, que vão do reduzido ao máximo.
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O impacto das temperaturas extremas e avisos meteorológicos
As previsões indicam que as temperaturas mínimas não descenderão abaixo dos 20 graus Celsius em algumas zonas do interior, sobretudo no sul, no vale do Tejo e na Beira Baixa, prolongando o desconforto térmico durante a noite e limitando a recuperação da humidade atmosférica.
Face a este cenário, o IPMA emitiu um aviso amarelo para os distritos de Évora, Faro, Setúbal, Santarém, Lisboa, Beja e Portalegre, válido entre as 9 horas de sexta-feira e as 18 horas de sábado. Este aviso significa que existem condições meteorológicas que poderão representar um risco acrescido para determinadas atividades, nomeadamente para a agricultura, trabalhos ao ar livre e o combate a incêndios.
A conjugação do calor intenso e da seca prolongada aumenta significativamente a vulnerabilidade da vegetação, facilitando a propagação rápida de fogos. Por isso, as autoridades apelam à máxima precaução, recomendando à população que evite situações de risco, como queimadas e manuseamento de maquinaria que possa provocar faúlhas.
Perspetivas e medidas preventivas
O agravamento das condições meteorológicas coloca um desafio acrescido para os serviços de proteção civil e bombeiros, que devem reforçar a vigilância e capacidade de intervenção. A população é também convidada a manter-se informada sobre a evolução da situação e a seguir as orientações oficiais para garantir a segurança de todos.
Com a aproximação dos meses mais quentes e secos do ano, o IPMA reforça a importância de uma monitorização constante dos índices de risco, alertando para a necessidade de antecipação e preparação perante eventuais incêndios rurais, que podem ter consequências graves para o ambiente, para a economia local e para a segurança das pessoas.
M.S.
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