Trump e Putin: encontro histórico marcado para os próximos dias
- Monica Stahelin
- há 5 dias
- 2 min de leitura
Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, deverão reunir-se nos próximos dias, conforme anunciou esta quarta-feira o assessor do Kremlin para os assuntos internacionais, Yuri Ushakov. A informação surge numa altura em que a administração norte-americana insiste num cessar-fogo na Ucrânia, sob ameaça de novas sanções económicas à Rússia.
Segundo Ushakov, as conversações realizadas em Moscovo com o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, abordaram não apenas a possibilidade de um encontro bilateral entre Trump e Putin, mas também a realização de uma cimeira trilateral com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Embora a Rússia não tenha comentado oficialmente a proposta de uma reunião a três, o responsável russo confirmou que um local para o encontro entre os líderes norte-americano e russo já foi definido, estando os detalhes logísticos em fase de planeamento.
Cimeira trilateral em aberto, mas sem compromisso da Rússia
Donald Trump afirmou recentemente que existe uma “boa probabilidade” de se encontrar, num futuro próximo, com os presidentes da Rússia e da Ucrânia, em esforços para pôr fim à guerra que já dura há mais de três anos e meio. O chefe de Estado norte-americano impôs um prazo até sexta-feira para que Moscovo aceite um cessar-fogo, sob pena de enfrentar sanções mais severas.
Apesar das intenções dos EUA, a posição russa permanece inflexível quanto às suas exigências para um acordo de paz. Entre os requisitos colocados pelo Kremlin estão a neutralidade da Ucrânia, a não adesão à NATO, a desmilitarização de zonas estratégicas e o reconhecimento internacional das regiões ocupadas, incluindo a Crimeia. Estas condições continuam a ser consideradas inaceitáveis por Kiev e pelos seus aliados ocidentais.
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Zelensky, por seu lado, mostrou-se favorável a diferentes formatos de negociação, incluindo encontros bilaterais e trilaterais, tendo reiterado que a Europa deverá participar ativamente nas conversações. O presidente ucraniano afirmou ainda que “a Ucrânia não teme encontros” e espera uma “postura igualmente corajosa” por parte da Rússia.
Expectativas moderadas perante o impasse diplomático
As negociações entre os países envolvidos têm sido marcadas por avanços limitados. As quatro visitas anteriores de Steve Witkoff a Moscovo resultaram em sinais de otimismo por parte de Trump, mas não conduziram a progressos significativos. Desta vez, o presidente norte-americano adotou um tom mais cauteloso, reconhecendo que, apesar dos esforços, “ainda não se trata de um avanço”.
Entretanto, a guerra continua a devastar a Ucrânia, com a Rússia a manter os ataques aéreos em larga escala. Paralelamente, os Estados Unidos aprovaram mais 200 milhões de dólares em ajuda militar a Kiev, incluindo recursos para produção de drones.
Na véspera do prazo imposto por Trump, e sob crescente pressão internacional, o cenário de uma resolução imediata do conflito permanece incerto. As exigências russas, associadas à sua recusa reiterada em aceitar uma reunião direta com Zelensky, continuam a representar um obstáculo à paz.
M.S.
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Tomara que essa reunião ajude a acabar com a guerra, mas parece que é tudo meio complicado e difícil de resolver. As conversas já rolaram várias vezes e não saiu muita coisa até agora.