Trump e Putin preparam encontro no para discutir fim da guerra
- Beatriz S. Nascimento
- há 2 dias
- 2 min de leitura
Reunião está marcada para 15 de agosto e poderá envolver troca de territórios entre Ucrânia e Rússia
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, irão reunir-se no próximo dia 15 de agosto, no estado norte-americano do Alasca, para discutir uma possível resolução para a guerra na Ucrânia. A escolha do local deve-se à sua proximidade geográfica com o território russo e ao simbolismo diplomático que representa.
Em declarações à imprensa na Casa Branca, Trump adiantou que o plano em discussão poderá incluir uma troca territorial entre a Ucrânia e a Rússia, afirmando que haverá uma "troca de territórios para benefício de ambos". A realização do encontro foi entretanto confirmada por um porta-voz do Kremlin.
Zelensky rejeita qualquer cessão de território
A reação do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi imediata. Num vídeo divulgado este sábado no seu canal oficial do Telegram, Zelensky sublinhou que a Ucrânia "não pode violar a sua constituição em questões territoriais" e que "os ucranianos não oferecerão a sua terra aos ocupantes". O chefe de Estado acrescentou ainda que quaisquer decisões tomadas sem a presença da Ucrânia seriam "decisões contra a paz" e que não teriam qualquer validade prática.
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Apesar da firme posição de Kiev, circulam rumores de que Zelensky poderá ainda participar na cimeira de alguma forma. Um responsável da Casa Branca indicou à imprensa que a sua inclusão nas discussões não está descartada.
Trump aposta na imagem de negociador da paz
O encontro surge num momento em que Trump reforça a sua imagem como mediador internacional. Após semanas a destacar o seu papel na redução de tensões noutras regiões, como Israel e Irão ou Índia e Paquistão, o Presidente norte-americano vê esta reunião como uma oportunidade para se afirmar como o líder capaz de "trazer a paz ao mundo", segundo Evie Aspinall, diretora do think tank British Foreign Policy Group.
"Trump sente-se relativamente confiante. Na sua visão, conseguiu trazer Putin à mesa de negociações e quer usar este momento para consolidar a sua imagem de pacificador", afirmou Aspinall. O objetivo, segundo a especialista, passa por conseguir um cessar-fogo e apresentar-se como o principal responsável pelo fim do conflito na Ucrânia.
B.N.
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