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Trump impõe novas tarifas e Brasil lidera com maior percentagem

Donald Trump
Trump impõe novas tarifas e Brasil lidera com maior percentagem © Andrew Caballero-Reynolds/AFP

A Casa Branca justifica a decisão com práticas comerciais "injustas"; medida afeta dezenas de países e entra em vigor a 6 de agosto.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou esta quinta-feira, 31 de julho, uma ordem executiva que revê e amplia as tarifas aplicadas sobre produtos importados de diversos países. As novas taxas aduaneiras, que variam entre 10% e 41%, passam a vigorar a partir de 6 de agosto, com o Brasil a manter-se como o país mais penalizado, enfrentando uma tarifa de 50%.


A decisão foi apresentada pela Casa Branca como resposta a práticas comerciais consideradas desleais e tem como objetivo declarado a proteção dos interesses económicos norte-americanos. Esta nova etapa da política tarifária surge após uma primeira ronda de notificações enviadas em julho a mais de duas dezenas de países.


Brasil é o mais afetado, mas com excepções

Apesar da elevada tarifa, o Brasil obteve cerca de 700 isenções, que abrangem áreas estratégicas como os sectores aeronáutico, energético e agrícola. Ainda assim, mercadorias como o café, a carne de vaca e determinadas frutas tendem a ser fortemente impactadas pela nova tarifa, o que pode prejudicar o saldo da balança comercial do Brasil, sobretudo porque os Estados Unidos representam o segundo principal mercado para os produtos brasileiros, ficando atrás apenas da China.


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Canadá, Síria e África do Sul entre os mais atingidos

O Canadá viu a sua taxa ser aumentada de 25% para 35%, numa retaliação à alegada “inação” e resposta insatisfatória ao apelo de Washington por um novo acordo comercial. Segundo Trump, o primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, tentou contacto antes do prazo-limite de negociações, mas não houve diálogo direto entre os líderes. Questionado sobre as possibilidades de entendimento com Ottawa, Trump admitiu que seria “muito difícil” negociar após o reconhecimento canadiano do Estado Palestiniano, ainda que tenha afirmado que tal decisão não seria, por si só, um impedimento.


Além do Canadá, outros países enfrentam taxas elevadas, como a Síria (41%), a Suíça (39%), o Laos e Mianmar (40%). A África do Sul e a Líbia foram alvo de tarifas de 30%. Ao todo, mais de 70 países constam na nova lista de tarifação imposta pelos EUA.


Segundo o governo americano, as tarifas visam forçar negociações comerciais mais equilibradas e desencorajar práticas que prejudiquem empresas e trabalhadores norte-americanos. “Eles têm que pagar uma tarifa justa — só isso. É muito simples”, resumiu Trump, criticando o que considera serem práticas protecionistas e injustas contra os agricultores dos Estados Unidos.


Medida pode ter impacto global

A nova ofensiva tarifária é vista por analistas como mais um passo na estratégia comercial agressiva da administração Trump, que já tinha adoptado posturas semelhantes noutras frentes, nomeadamente com a China e a União Europeia. A amplitude da lista agora anunciada, que inclui países de diferentes regiões e níveis de desenvolvimento, poderá agravar tensões comerciais e alterar o fluxo de trocas internacionais nos próximos meses.


M.S.


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