Trump impõe tarifa de 50%, mas poupa itens-chave do Brasil
- Monica Stahelin
- 31 de jul.
- 2 min de leitura

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou esta quarta-feira, 30 de julho, uma ordem executiva que eleva para 50% a tarifa de importação aplicada a diversos produtos provenientes do Brasil.
A medida surge como parte de uma escalada na política comercial norte-americana e pode afectar significativamente a balança de exportações brasileira, embora uma série de itens estratégicos tenha sido excluída da nova alíquota.
A ordem assinada por Trump representa um agravamento progressivo das tarifas: em abril, o país já havia sido alvo de uma cobrança de 10%, posteriormente aumentada para 40%, e agora atinge o seu ponto mais elevado com a imposição de 50%. No entanto, de acordo com o documento oficial, cerca de 700 categorias de produtos não serão abrangidas por este novo imposto.
Produtos poupados incluem aviões, suco de laranja e petróleo
Entre os itens que permanecem isentos da tarifa encontram-se produtos de grande relevância para a pauta exportadora do Brasil, como o suco de laranja, os aviões comerciais, o petróleo bruto, a celulose, o carvão, o aço e seus subprodutos. Castanhas de origem nacional e outros itens agrícolas também escaparam à nova imposição tarifária.
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Em especial, componentes relacionados à aviação – como motores, peças e simuladores de voo – estão entre os que não sofrerão qualquer aumento de tarifa. A exclusão desses artigos demonstra uma tentativa de manter o fluxo comercial em áreas de cooperação tecnológica e industrial sensíveis.
Produtos agropecuários entre os mais penalizados
Apesar das isenções, produtos de peso na balança comercial agrícola brasileira, como carne, café e frutas, não foram incluídos na lista de excepções. Esses sectores poderão enfrentar perdas significativas, dada a crescente presença desses bens nas exportações destinadas aos Estados Unidos.
O aço, por sua vez, embora tenha sido poupado nesta lista específica, já vem sendo tarifado com 50% desde junho, conforme a política global implementada por Washington. O Brasil, actualmente o segundo maior fornecedor de aço e ferro para os EUA, atrás apenas do Canadá, continua sujeito a esta cobrança elevada.
A decisão de Trump insere-se num contexto mais amplo de proteccionismo económico e reconfiguração das relações comerciais dos EUA com seus parceiros. O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre as medidas, mas fontes próximas ao Ministério das Relações Exteriores indicam que o tema será tratado com prioridade nos próximos dias.
M.S.
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