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Tsunami no Pacífico leva milhares a evacuarem zonas costeiras no Havaí

O trânsito aumenta na Rua S Beretania, perto do centro de Honolulu
Tsunami no Pacífico leva milhares a evacuarem zonas costeiras no Havaí © Marco Garcia/Reuters

Alerta inicial provocou fuga em massa das zonas baixas, mas autoridades já desceram o nível de alerta.


Milhares de residentes havaianos deslocaram-se para zonas mais elevadas na sequência da chegada de ondas de tsunami provocadas por um poderoso sismo ocorrido a milhares de quilómetros de distância, junto à costa da Rússia. O fenómeno levou o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico a emitir um alerta urgente, após o registo de ondas com vários metros de altura nas ilhas de Maui, Oahu e Havaí.


Embora o alerta tenha sido posteriormente reduzido para um aviso de tsunami, um nível inferior de gravidade, as autoridades mantiveram o apelo à vigilância, sublinhando que o risco de inundações e de fortes correntes poderia persistir durante várias horas ou até dias.


População reage com cautela após tragédias recentes

A resposta da população foi imediata. Muitos havaianos, sobretudo residentes de zonas previamente afetadas por desastres naturais, como os incêndios que devastaram Maui há dois anos, não hesitaram em abandonar as suas casas. Refúgios foram abertos e as autoridades fecharam infraestruturas vulneráveis, como instalações de água, para minimizar danos.


David Dorn, residente de longa data na cidade costeira de Kihei, relatou ter evacuado com a esposa para um centro comercial no interior da ilha. Apesar da experiência com alertas anteriores, afirmou que este foi encarado com maior seriedade. "O trânsito está caótico, como em Nova Iorque", comentou outro habitante local, Roger Pleasanton, descrevendo a movimentação nas estradas congestionadas.


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Felicia Johnson, de 47 anos, também decidiu procurar abrigo nas montanhas com a família, após observar sinais típicos de tsunami, como o recuo e a rápida subida do nível da água. "É estranho e assustador. Com os incêndios de Lahaina não tivemos qualquer aviso. Agora temos, e não ir embora seria negligente", disse.


Impacto alargado no Pacífico, mas sem vítimas registadas

As autoridades norte-americanas, incluindo os serviços meteorológicos da Califórnia e do Alasca, emitiram também avisos de tsunami, embora de menor gravidade. Ondas com cerca de 1,5 metros foram registadas em locais como Kahului (Maui) e Hilo (Havaí), enquanto na Califórnia os níveis observados foram mais reduzidos. Mesmo assim, a população foi aconselhada a manter distância das zonas costeiras.


No Canadá, a província da Colúmbia Britânica manteve um aviso activo, alertando para a possibilidade de correntes perigosas. No arquipélago das Aleutas, no Alasca, e na ilha de Guam, os alertas foram já cancelados, embora as autoridades continuem a monitorizar possíveis alterações.


O sismo que originou o fenómeno está entre os mais fortes alguma vez registados desde o início da sismografia moderna, em 1900. Apesar da potência, especialistas como a sismóloga Lucy Jones sublinham que, embora possam ocorrer danos materiais, não se espera uma catástrofe com perda significativa de vidas.


As autoridades continuam a apelar à prudência, sublinhando que o perigo não termina com a passagem das primeiras ondas. Até novo aviso, a recomendação é clara: manter distância do litoral e seguir todas as instruções das autoridades locais.


M.S.


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