Tzu Chi combate desnutrição e salva 2.000 crianças em Moçambique
- Monica Stahelin
- 30 de jun.
- 2 min de leitura

A Fundação Tzu Chi, organização de cariz budista, tem assistido mais de duas mil crianças em situação de desnutrição na província de Sofala, centro de Moçambique, desde 2021.
A iniciativa tem vindo a desenvolver-se nos distritos de Buzi, Nhamatanda, Dondo e Beira, onde são distribuídas mensalmente papas fortificadas e cestas básicas às crianças e às suas famílias.
Projeto de reabilitação nutricional
Segundo a coordenadora do Projeto de Reabilitação Nutricional na Fundação Tzu Chi Moçambique, Vannesia Figueiredo, o principal objetivo é erradicar a desnutrição aguda grave, especialmente numa região afetada por baixos níveis socioeconómicos. Em 2024, cerca de mil crianças receberam apoio através da distribuição de alimentos e de demonstrações culinárias, destinadas a incentivar práticas alimentares mais saudáveis e nutritivas usando produtos locais.
“Além das papas reforçadas e das cestas básicas, investimos em demonstrações culinárias para educar as famílias, promovendo práticas diárias que ajudem a combater a desnutrição”, afirmou a coordenadora.
Publicidade
Estratégia governamental para a segurança alimentar
No âmbito dos esforços nacionais para enfrentar a desnutrição, o Governo moçambicano lançou, a 20 de junho, a nova Política e Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional (PESAN 2024-2030). A estratégia pretende reduzir a desnutrição crónica infantil, que afeta 37% das crianças com menos de cinco anos, segundo dados oficiais de 2023.
Roberto Albino, ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, destacou que o objetivo é promover uma agricultura saudável e nutritiva em larga escala para combater a insegurança alimentar no país. O PESAN visa ainda integrar esforços multissetoriais e garantir assistência técnica de qualidade, incentivando a disseminação de conhecimento entre os produtores locais.
Apesar dos progressos registados na última década, com a taxa de desnutrição crónica a diminuir de 43% em 2013 para 37% em 2023, esta continua a ser uma preocupação grave, sobretudo devido às alterações climáticas e questões de segurança que agravam a situação em Moçambique.
Organizações da sociedade civil apelam urgentemente a uma ação reforçada para combater este flagelo, garantindo melhores condições de vida e nutrição às crianças moçambicanas.
M.S.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News
Comments