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Vagas na UEM crescem 77% e chegam à paridade de género

Universidade Eduardo Mondlane (UEM)
Vagas na UEM crescem 77% e chegam à paridade de género © UEM

A Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a mais antiga instituição de ensino superior em Moçambique, viu crescer em 77% a procura por vagas nos cursos de licenciatura ao longo dos últimos três anos. A informação foi divulgada esta quinta-feira, dia 10, em Maputo, pelo reitor da universidade, Manuel Guilherme Júnior, durante a apresentação do informe anual referente ao ano de 2024.


Paridade de género e crescimento da procura

Em 2024, candidataram-se à UEM 25.680 concorrentes para 5.655 vagas disponíveis, divididas igualmente entre 50 por cento do sexo masculino e 50 por cento do sexo feminino, alcançando assim a paridade de género, um marco considerado pelo reitor como uma resposta positiva aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).


Os cursos mais procurados mantêm-se em medicina e direito, seguidos por engenharia informática, contabilidade e finanças, engenharia eléctrica, biologia e saúde, gestão, administração pública, engenharia mecânica, engenharia electrónica, economia e engenharia civil. As candidatas preferem sobretudo medicina, psicologia, administração pública e relações públicas, enquanto os candidatos masculinos concentram-se nas engenharias.


Manuel Guilherme Júnior destacou a necessidade de promover o acesso das mulheres a áreas tradicionalmente dominadas pelos homens, reconhecendo que apesar dos esforços, a tendência ainda persiste. No entanto, sublinhou que, entre 2001 e 2023, houve um aumento constante do número de estudantes do sexo feminino, tendo-se atingido em 2024 o desejável equilíbrio.


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Inclusão, formação e investigação em foco

O informe evidenciou também o crescimento do número de estudantes com necessidades especiais, que passou de 80 em 2023 para 118 em 2024. A universidade tem vindo a adaptar as condições dos exames de admissão para garantir o acesso destes estudantes.


Relativamente à formação, a UEM admite em média mais de cinco mil estudantes por ano, dos quais cerca de um terço conclui a licenciatura, tendo nos últimos anos se observado uma maior graduação de mulheres comparativamente aos homens.


No que respeita aos recursos humanos, o corpo docente manteve-se estável em 2024, assim como o número de tutores, mestres e doutores. O investimento em investigação aumentou, com 457 projectos em 2024, face aos 329 em 2023, sobretudo nas áreas das ciências da saúde, agrárias, biológicas, sociais e humanas. Embora o número de artigos científicos publicados tenha permanecido constante, registou-se uma subida nas publicações em formato de capítulos de livro.


Por fim, o reitor revelou que foram atribuídas 265 bolsas de estudo em 2024, menos 27 por cento face a 2023, sendo 26 bolsas completas, 34 por cento bolsas parciais e 39 por cento resultantes de isenções de propinas.


M.S.


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