África celebra união e renova fé num futuro próspero
- Beatriz S. Nascimento
- há 4 horas
- 2 min de leitura

No âmbito das celebrações do Dia de África, assinalado a 25 de maio, o Presidente em exercício da União Africana (UA) dirigiu-se aos povos do continente com uma mensagem de homenagem, reflexão e compromisso. Na comunicação, publicada pelo Jornal de Angola, destacou-se a importância de preservar a memória dos líderes que estiveram na génese da unidade africana, como Kwame Nkrumah, Haile Selassie, Amílcar Cabral e Agostinho Neto, entre outros.
Mais do que uma efeméride, o Presidente da UA apelou à renovação do empenho coletivo na construção de uma África forte, unida e soberana, que seja capaz de definir o seu próprio destino e de se afirmar na cena internacional. Evocando os princípios que orientaram a criação da Organização da Unidade Africana, em 1963 precursora da atual UA o discurso reiterou valores como a cooperação, a paz e a integração regional.
Desafios persistem, mas esperança prevalece
Reconhecendo as dificuldades que o continente enfrenta, como conflitos armados, instabilidade política, terrorismo, desigualdades sociais e os efeitos das alterações climáticas, a mensagem do líder africano destacou a necessidade de uma resposta coordenada. Referiu ainda a importância de instituições fortes e da vontade política para enfrentar obstáculos como o desemprego jovem, a fraca industrialização e o défice de infraestruturas.
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Apesar do contexto adverso, a liderança da UA manifestou “fé inabalável” no futuro de África, destacando o papel central da juventude, da criatividade e do potencial humano e natural do continente. O investimento em sectores estratégicos como as tecnologias digitais, a agricultura sustentável e as energias renováveis foi apontado como chave para um desenvolvimento endógeno e duradouro.
Integração e reparações marcam agenda futura
O Presidente da UA anunciou também novas iniciativas no quadro da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), sublinhando a vontade de África se afirmar como agente ativo e não como mero recetor de apoio internacional. Entre os projetos previstos está a realização de uma grande conferência sobre infraestruturas como motor de desenvolvimento.
Enquadrando-se no lema da União Africana para 2024 “Justiça para os Africanos e Afrodescendentes, através de Reparações” a mensagem conclui com um apelo à coesão e à ação conjunta. “Celebrar África é renovar a nossa fé no seu potencial e capacidade de superar adversidades”, afirmou, reforçando o desígnio de um continente livre, próspero e unido.
B.N.
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