Bebé nasce em ambulância dos Bombeiros devido ao fecho das urgências
- Monica Stahelin
- 25 de abr.
- 2 min de leitura

Um bebé nasceu esta quinta-feira numa ambulância dos Bombeiros do Seixal, no distrito de Setúbal, após a grávida entrar em trabalho de parto à porta de casa, enquanto aguardava por instruções sobre para qual hospital deveria ser encaminhada. O caso ocorreu devido ao encerramento das urgências de obstetrícia no Hospital Garcia de Orta, em Almada.
A situação foi registada pelas 16h15, quando o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) acionou os Bombeiros do Seixal para transportar uma grávida residente nas Paivas. Quando a ambulância chegou ao local, às 16h24, já estava presente uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Almada. No entanto, enquanto aguardavam uma orientação sobre o hospital de destino, a grávida entrou em trabalho de parto, tendo o bebé nascido às 16h45.
O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Mistos do Seixal, Brázio Romeira, informou que tanto a mãe quanto o bebé estavam em boas condições e foram transportados para o Hospital S. Bernardo, em Setúbal, onde chegaram por volta das 17h19.
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Este é o segundo parto ocorrido numa ambulância dos Bombeiros do Seixal em menos de uma semana. No domingo de Páscoa, uma grávida de 37 semanas também deu à luz numa ambulância, enquanto era transportada para o Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa. Na altura, as urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, estavam igualmente encerradas.
Fechamento das urgências e falta de especialistas
Este tipo de ocorrência tem sido mais frequente devido ao fechamento das urgências em vários hospitais da região, incluindo as urgências de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Garcia de Orta, em Almada, e de outros hospitais durante o feriado de 25 de abril e o fim de semana prolongado. Os constrangimentos no funcionamento dos serviços de urgência têm sido atribuídos à escassez de médicos especialistas, um problema recorrente durante períodos de férias e fins de semana prolongados.
Em resposta à situação, Brázio Romeira destacou as dificuldades que as populações enfrentam devido à falta de capacidade nos hospitais e a constante dependência das ambulâncias para situações de emergência. Além disso, a situação tem gerado uma pressão adicional sobre os serviços de emergência médica e hospitais da região.
M.S.
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