Criança morre com sarampo em Liverpool
- Beatriz S. Nascimento
- 13 de jul.
- 2 min de leitura

Autoridades de saúde britânicas preocupadas com aumento de casos e possível propagação do vírus
Uma criança morreu em Liverpool após ter sido internada em cuidados intensivos devido ao sarampo. A vítima, cuja identidade não foi revelada, estava a ser tratada no Hospital Pediátrico Alder Hey e, segundo o jornal The Sunday Times, sofria também de outros problemas graves de saúde. Não se sabe se a criança havia recebido a vacina contra o sarampo, mas especialistas recordam que a imunização proporciona até 97% de proteção.
Este é o quarto caso de morte infantil por sarampo em Inglaterra e no País de Gales na última década, segundo dados da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA). O óbito ocorre num momento de crescente preocupação com o número de casos e o declínio das taxas de vacinação infantil, que não atingem os 95% de cobertura desde 2021.
Subida de internamentos preocupa autoridades
Desde junho, o Hospital Alder Hey já tratou 17 crianças com complicações associadas ao sarampo. A instituição manifestou preocupação com o aumento contínuo de casos, especialmente entre menores com imunidade comprometida, o que os torna particularmente vulneráveis a infeções graves.
“Estamos preocupados com o número crescente de crianças e jovens a contrair sarampo. Esta é uma doença altamente contagiosa e, em casos raros, pode levar à morte”, informou o hospital em comunicado. O apelo à vacinação foi reforçado: “Por favor, protejam-se e protejam as crianças mais vulneráveis garantindo que têm a vacinação completa.”
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A preocupação foi igualmente partilhada por profissionais de saúde pública. Matt Ashton, diretor de saúde pública de Liverpool, alertou para a possibilidade de o sarampo se alastrar rapidamente. “Estou extremamente preocupado com o potencial de o sarampo se instalar na nossa comunidade. A minha principal preocupação é a população não vacinada”, declarou.
Taxas de vacinação estagnadas há anos
Segundo um relatório recente do Colégio Real de Pediatria e Saúde Infantil (RCPCH), a adesão às vacinas infantis no Reino Unido tem vindo a estagnar ao longo da última década, e em alguns casos está mesmo em declínio. Atualmente, nenhuma das vacinas rotineiras da infância atinge a meta nacional de 95% de cobertura, expondo as crianças a doenças como o sarampo, a meningite e a tosse convulsa.
Os especialistas apelam à consciencialização dos pais e encarregados de educação, sublinhando que a vacinação continua a ser a forma mais eficaz de prevenir surtos e proteger a saúde das crianças e da comunidade em geral.
B.N.
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