Futuro da FPU será decidido em congresso, afirma líder da UNITA
- Beatriz S. Nascimento
- 1 de fev.
- 2 min de leitura
O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, afirmou que ainda é cedo para decidir o futuro da Frente Patriótica Unida (FPU), a plataforma que une diversos partidos da oposição em Angola. À margem dos cumprimentos de Ano Novo, o líder do maior partido da oposição angolana sublinhou que as decisões sobre o futuro da FPU devem ser tomadas em congresso.
"Não devemos antecipar aquilo que é uma decisão autónoma dos membros em fase de congresso", destacou Adalberto Costa Júnior, reforçando que, tanto a UNITA como os outros partidos da oposição, sempre afirmaram que os congressos seriam o fórum adequado para definir as estratégias para as eleições de 2027.
O líder da UNITA lembrou que a plataforma, formada em 2022, foi "excecionalmente ganhadora" e obteve um resultado histórico, com a criação de um grupo parlamentar plural. No entanto, essa questão continuará a ser discutida nos próximos congressos, que, segundo ele, definirão os rumos do partido e da oposição.
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Abel Chivukuvuku defende FPU como coligação nas próximas eleições
Abel Chivukuvuku, coordenador do PRA JA Servir Angola, um dos partidos que integra a FPU, tem defendido que a plataforma da oposição deve se apresentar como coligação nas próximas eleições. Recentemente, sete deputados do PRA JA com funções de direção deixaram a bancada da UNITA, e Chivukuvuku argumentou que a FPU não pode ser apenas uma ideia, mas deve se converter em uma coligação formal.
Adalberto Costa Júnior, por outro lado, afirmou que a FPU e a própria UNITA estão a ser alvo de uma campanha para "criar alguma confusão" e destacou a fragilidade do sistema político angolano, mencionando que as leis do país permitem "golpes institucionais". Ele apontou a necessidade de corrigir esses fenómenos, com a proposta de uma iniciativa legislativa que está a ser discutida na Assembleia Nacional.
Congresso da UNITA determinará o futuro do partido e da oposição
O presidente da UNITA reiterou que o congresso será a instância que determinará o futuro da Frente Patriótica Unida, acrescentando que o evento ocorrerá no final do ano. Questionado sobre a possibilidade de se recandidatar à liderança do partido, Adalberto Costa Júnior preferiu não antecipar campanhas, afirmando que decisões de relevância para os partidos devem ser tomadas com calma e em conformidade com os processos internos.
No seu discurso, o líder da UNITA também alertou para os riscos de instabilidade na região, resultado da "desgastada fórmula da preservação", e destacou a necessidade de soluções políticas mais eficazes para o futuro de Angola e da região.
B.N.
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