Moçambique reabilita principais troços da EN1 com apoio do Banco Mundial
- Monica Stahelin
- 29 de mai.
- 2 min de leitura

O Governo de Moçambique vai avançar com a reabilitação de mais 340 quilómetros da Estrada Nacional n.º 1 (EN1), a principal via de ligação rodoviária do país. A informação foi avançada esta semana no parlamento pelo ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, no âmbito de um conjunto de respostas às questões colocadas pelos deputados.
A EN1 é considerada uma infraestrutural crítica para a circulação de pessoas e bens entre o norte e o sul do país, estando atualmente em avançado estado de degradação. A intervenção insere-se num pacote global de financiamento de 850 milhões de dólares (cerca de 797 milhões de euros) aprovado pelo Banco Mundial, sendo que quase metade deste montante será aplicada na fase inicial do projecto.
Obras abrangem três províncias e já há concurso para novo troço
De acordo com João Matlombe, o projecto conceptual prevê obras em três províncias moçambicanas: 70 quilómetros entre Inchope e Gorongosa (Sofala), 176 quilómetros entre Chimuara e Nicoadala (Zambézia), e 94 quilómetros no troço Metoro–Pemba (Cabo Delgado). O ministro referiu ainda que os fundos serão desembolsados de forma faseada, à medida que os trabalhos forem avançando.
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Paralelamente, já foi lançado o concurso público para a seleção do empreiteiro responsável pela reabilitação de mais 84 quilómetros entre Gorongosa e Caia, na região centro do país.
Durante a sua intervenção, o governante sublinhou que está identificada a necessidade urgente de intervir em toda a extensão da EN1, que se estende por cerca de 2.620 quilómetros, estimando-se um investimento global de 3,5 mil milhões de dólares para assegurar a reabilitação e manutenção da via, incluindo os principais corredores logísticos regionais.
Sector privado reforça apelo à requalificação da EN1
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) voltou a manifestar preocupação com o estado da EN1. Em Fevereiro, no âmbito de um encontro com o Governo, o presidente do pelouro de Comunicação e Serviços da CTA, Paulo Oliveira, reiterou a necessidade urgente de requalificação da estrada, que considerou ser “a espinha dorsal” da economia moçambicana.
Além da infraestrutura rodoviária, o sector privado apresentou outras preocupações, incluindo a redução de impostos, o preço dos combustíveis e a implementação de modelos de portagens mais sustentáveis e acessíveis para os utilizadores.
A primeira fase da reabilitação da EN1 foi oficialmente anunciada em março de 2023, tendo início até ao final desse ano, com financiamento inicial de 400 milhões de dólares (cerca de 375 milhões de euros), também concedido pelo Banco Mundial.
M.S.
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