Porto e Gaia terão duas novas pontes graças à linha de alta velocidade
- Monica Stahelin
- 9 de abr.
- 2 min de leitura

A linha de alta velocidade (TGV) entre Porto e Oiã, desenvolvida pelo consórcio LusoLav, vai alterar significativamente a infraestrutura nas cidades do Porto e Vila Nova de Gaia, com a proposta de uma nova localização para a estação de Gaia e a construção de duas pontes sobre o Rio Douro, em vez de uma única ponte rodoferroviária.
Mudança na localização da estação de Gaia
O consórcio sugere uma revisão na localização da estação de Gaia, que inicialmente seria instalada na área de Santo Ovídio. A nova proposta move a estação cerca de 2 km para o sul, para uma zona situada entre a Rua da Junqueira de Cima e a Rua e Travessa do Guardal de Cima, na área de São Caetano, em Vilar do Paraíso.
Essa alteração requer a criação de novas vias de acesso e a extensão da Linha Rubi, desde a estação de Santo Ovídio até à nova Estação de Alta Velocidade, com os custos sendo divididos entre o consórcio e a Metro do Porto.
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A obra é considerada complexa devido à elevada densidade de infraestruturas na área, o que obrigará a desviar o acesso rodoviário para poente, sobre um talude ajardinado. A proximidade com os edifícios de habitação existentes poderá resultar em impactos negativos.
Separação da ferrovia e rodovia nas pontes sobre o Douro
Uma das principais mudanças propostas pelo consórcio LusoLav refere-se à travessia do Rio Douro, onde será adotada uma solução que separa a infraestrutura rodoviária da ferroviária, com a construção de duas pontes distintas. Esta opção é justificada pela necessidade de reduzir o risco de financiamento e de incumprimento de prazos, além de permitir uma clara separação das responsabilidades de manutenção das pontes.
A alteração implica também uma redução na quantidade de construção em túnel, comparativamente ao projeto inicial. O consórcio propõe agora 3494 metros de túneis mineiros, 1666 metros em túneis "cut & cover", e 940 metros em aterros, entre outros, o que resulta num aumento significativo do impacto superficial da infraestrutura.
Impacto nas zonas habitacionais e industriais
A nova proposta, ao passar por áreas já edificadas e por zonas habitacionais e industriais, obriga à adoção de soluções diversas para restabelecer o tráfego rodoviário e minimizar o impacto da infraestrutura. A área de intervenção será mais extensa do que o inicialmente previsto, o que pode implicar a expropriação de terrenos e até demolições para viabilizar a construção da linha de alta velocidade.
A proposta será discutida numa reunião extraordinária da Câmara de Gaia e numa Assembleia Municipal, ambas marcadas para quinta-feira, dia 9 de abril. O futuro da estação de Gaia e das novas pontes sobre o Douro será decisivo para o andamento do projeto TGV na região.
M.S.
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