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Volta às aulas no Brasil: Proibição de celulares transforma a rotina escolar

Duas mulheres usam uma espécie de armário dentro da parede com muitas divisórias para guardar smartphones
Volta às aulas no Brasil: Proibição de celulares transforma a rotina escolar © Divulgação

Com a chegada de fevereiro e a volta às aulas, uma nova legislação federal começa a mudar a dinâmica das escolas em todo o Brasil. A partir deste ano, os alunos da educação básica não poderão utilizar seus celulares durante o período escolar. A medida foi estabelecida pela nova legislação que entrou em vigor em 13 de janeiro, visando combater a distração e o uso excessivo de dispositivos móveis nas instituições de ensino.



Proibição começa em diversos estados

A legislação afeta diretamente as escolas de 13 estados, que já implementaram a proibição do uso de celulares. Estados como Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro decidiram aguardar a regulamentação do Ministério da Educação (MEC), que deve ocorrer até 13 de fevereiro, enquanto outros, como São Paulo, já divulgaram regras específicas. Em São Paulo, por exemplo, os alunos devem manter seus celulares em local inacessível, como armários ou recipientes específicos, e a escola não se responsabiliza por extravios ou danos aos aparelhos.


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Apesar da proibição, algumas exceções foram estabelecidas pela legislação, como o uso do celular em situações de emergência, para garantir a inclusão digital ou atender a questões de saúde, como o monitoramento de níveis de glicose, por exemplo. Além disso, as redes de ensino têm se organizado para orientar tanto os alunos quanto os pais sobre a mudança. Alguns estados, como o Paraná, adotaram soluções mais flexíveis, como caixas trancadas para guardar os aparelhos, enquanto outros, como Pernambuco e Amapá, optaram por permitir que os estudantes deixem os celulares na mochila.


Impacto nos colégios particulares e iniciativas de socialização

Nos colégios particulares, a proibição dos celulares também trouxe mudanças. Para incentivar os alunos a se desconectar dos aparelhos, algumas escolas passaram a oferecer jogos de tabuleiro, atividades físicas e outras formas de socialização durante o intervalo. A aceitação da medida tem sido positiva em muitas instituições, com diretores relatando boa colaboração dos estudantes, que já foram preparados para o novo formato de aula, sem a distração dos dispositivos móveis.


Em paralelo à implementação da lei, escolas públicas e privadas estão promovendo ações de conscientização sobre o uso excessivo de celulares e suas consequências para a saúde mental. O governo federal, por meio da legislação, destaca a importância de auxiliar os estudantes que apresentem sinais de sofrimento psicológico decorrente do uso excessivo de telas, como no caso da nomofobia, o medo irracional de ficar sem o celular.


Brasil segue tendência internacional

A medida brasileira segue uma tendência global, onde vários países, como França, Espanha, Grécia e Suíça, já adotaram políticas semelhantes. A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) aponta que, mundialmente, um em cada quatro países já impôs restrições ao uso de celulares nas escolas, reconhecendo os impactos negativos do uso excessivo da tecnologia no desenvolvimento dos estudantes.


Com a implementação dessa nova legislação, espera-se que a medida contribua para um ambiente mais focado e produtivo nas escolas, além de estimular a socialização e o bem-estar dos alunos.


M.S.


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